Madelyn Miller, decidida a viver uma vida normal como qualquer outra mulher mudando seu sobrenome tão temido pelos os outros. No auge dos 18 anos, ela acreditava em esquecer seu passado indo para uma república de faculdade onde se sentia em casa, ma...
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Eu estava sentado dentro do carro, o cinzeiro cheio de cinzas de cigarros ao meu lado. O pensamento de deixar meu irmão machucado na sala começou a surgir novamente em minha mente, mas o bloqueio rapidamente. O corte superficial não era motivo suficiente para gerar qualquer tipo de remorso. Por que se preocupar com algo tão insignificante?
Enquanto tragava o cigarro, a discussão com Madelyn também invadiu meus pensamentos. Não fiquei triste com as palavras duras que ela proferiu ou com o modo como me confrontou. Na verdade, senti um estranho prazer ao ver como a presença da garota me irritava de uma maneira incrível. A determinação de Madelyn em me desafiar, mesmo que eu a machucasse, era algo que não conseguia entender completamente. Percebi que Madelyn era uma das poucas pessoas que continuava a me causar algum tipo de incômodo. Por mais indiferente que eu me mostrasse, algo nela parecia me afetar de maneiras inesperadas. Talvez fosse meu orgulho ferido por não conseguir controlar completamente a situação ou simplesmente uma irritação proveniente da persistência dela.
Saio do carro e, com um gesto desleixado, jogo o cigarro no chão, pisando na fumaça e seguindo em direção à boate. O lugar pulsava com música alta, luzes vibrantes e pessoas se divertindo. Era ali que eu me sentia no controle, era a minha boate, o meu território.
Ao adentrar o local, pude sentir os olhares curiosos sobre mim. Percorri o caminho sem prestar muita atenção nas pessoas ao meu redor, com minha mente já focada na área VIP. Esse lugar me lembra de muita coisa, como por exemplo, Bill dançando com Madelyn na pista de dança parecendo flerta um com outro, meu irmão é um ótimo ator.
Chegando à área VIP no bar, me posicionei em meu lugar de destaque e observei a multidão dançando e se divertindo, enquanto os garçons atendiam aos pedidos dos clientes com uma eficiência impecável. Logo o barman de cabelos compridos e cacheados veio me atender
- Tom! Quanto tempo - o barman disse, e eu o cumprimentei, me sentando em um dos bancos que tinha ali - O que vai querer?
- 11 doses - afirmei, fazendo com que ele me olhasse surpreso com a quantidade de bebida que eu iria ingerir.
- Teve um dia tão ruim assim?
- Está tão óbvio? - ironizei, batucando minhas mãos no balcão.
- Que foi dessa vez? - riu o barman, indo em direção a uma estante para pegar o uísque e voltando em seguida.
- Já conheceu alguém que te tira do sério de uma forma incrível? Alguém que, não importa o quanto a machuque ou diga coisas horríveis, nunca abaixa a cabeça, e no final você não pode simplesmente matá-la porque ela faz parte de algo muito importante para você? - perguntei, enquanto ele me olhava por alguns minutos antes de voltar sua atenção para as bebidas.
- Não, até porque não faço parte desse mundo - ele respondeu - Mas parece que essa mulher é bem corajosa para lidar com você dessa forma.
- E é mesmo - afirmei, bufando.
Sinceramente, estou mais acostumado com mulheres que só faltam colocar uma coleira. Todas elas simplesmente ignoram o fato de eu ser líder de uma gangue perigosa e pedem para que eu as satisfaça com prazer. E é claro que eu não nego! É o meu único momento de descontração em meio a toda a adrenalina. Mas desde que conheci Madelyn, encontrei um novo tipo de mulher: as feministas, que jamais abaixam a cabeça para os homens. Esse tipo é realmente difícil de lidar, um verdadeiro desafio.
Em seguida, o barman terminou de preparar minhas bebidas e as deixou em minha frente. Ele se afastou para atender outras pessoas, enquanto eu virei a primeira dose, sentindo o líquido quente descendo pela garganta. De repente, um homem de terno se aproximou de mim. Fazendo com que ergue as sobrancelhas. O que esse playboy ta fazendo na minha boate?
- Tom Kaulitz.- falou me deixando confuso, eu conheço esse cara?
- Quem é você? - perguntei de maneira indiferente
- Sou um dos ajudantes do Josh, sabe? Aquele a quem você deu a responsabilidade de gerenciar os negócios da boate - o cara sorriu e pegou alguns papéis dobrados em seu bolso. Ele os desdobrou e entregou para mim- olhe bem.
comecei a ler, observando os números e, em seguida, meu nome e a porcentagem de dinheiro que estava recebendo pela boate: 40%. E o Josh estava levando 60%? Porra, eu sabia que tinha alguém me passando para trás.
Fiquei furioso ao descobrir a traição de Josh. Ele era meu sócio de confiança, ou pelo menos eu acreditava nisso. Agora, percebo que ele estava me enganando desde o início.
- O que é isso? - perguntei, o encarando-o com raiva.
- é apenas uma reestruturação nos negócios. A boate tem crescido muito e Josh disse que estava na hora da parte dele ser maior do que era antes - ele tentou explicar a situação de forma tensa
- E vocês acharam que poderia fazer isso sem me consultar? - retruquei, o encarando-o de forma intimidadora.
- Ele sabia que você não aprovaria - ele admitiu, com a voz trêmula - Por isso pensou em fazer as coisas dessa forma. Afinal, ele achou que você está sempre ocupado com outras coisas, não é mesmo?
Eu não conseguia acreditar no descaramento daquele idiota. Ele achava que poderia tomar decisões importantes sobre a minha boate sem me envolver. Estava subestimando minha inteligência e meu poder de liderança.
- Estou te contando essas coisas agora porque sei que, em algum momento, você descobriria a verdade. Além disso, soube sobre sua fama infame de "assassino procurado". Preciso preservar minha própria vida, especialmente depois de ter completado 17 anos e tenho uma namorada. Nunca imaginei que conseguiria um emprego assim e, para ser sincero, odeio mentiras e...
- Não tenho interesse em ouvir sua história dramática, playboy. Quero saber para onde está indo o meu dinheiro - interrompi abruptamente.
- Ah, sim. O Josh criou um departamento de marketing e afirmou que, assim que conseguisse dinheiro suficiente para fugir do país, iria te denunciar para a polícia - ele disse, provocando uma risada cínica escapar dos meus lábios.
- Que departamento é esse?
- Esse aqui - ele me entregou um cartão, o qual analisei cuidadosamente. - É isso...
Coloquei o cartão no bolso e peguei rapidamente outra dose, virando-a de uma vez só. Em seguida, levantei da minha cadeira e coloquei a mão no ombro do garoto ao meu lado.
- Faça o seguinte, pegue você e sua namorada e desapareçam! Se eu te ver mais uma vez, não haverá volta - disse enfaticamente, enquanto ele concordava desesperadamente, o que fez eu sorrir sarcástico. - Desapareça daqui.
Assim pude testemunhar ele saindo correndo daqui. Joguei a cabeça para trás e coloquei as mãos no rosto, percebendo que não tenho nem um minuto de paz! Jake, os Gg's, meu irmão, a morena, a boate. Droga! Decidi ignorar tudo que se passava em minha mente por uma noite, amanhã irei resolver tudo! Peguei mais três doses em cima do balcão e virei sem hesitar em minha própria boca, sentindo novamente o líquido quente descendo pela minha garganta e fazendo efeito imediatamente.
Deixei as bebidas restantes de lado e comecei a caminhar em direção à pista de dança, onde uma loira havia chamado minha atenção. Assim que me aproximei dela, a mesma me puxou imediatamente para dançar, com nossos corpos colados.