6

541 50 48
                                    

Estava deitada com a cabeça apoiada na janela do carro, fechando os olhos e desejando fervorosamente que tudo aquilo fosse apenas um terrível pesadelo do qual eu pudesse acordar a qualquer momento

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Estava deitada com a cabeça apoiada na janela do carro, fechando os olhos e desejando fervorosamente que tudo aquilo fosse apenas um terrível pesadelo do qual eu pudesse acordar a qualquer momento. No entanto, fui abruptamente interrompida pela voz de Bill, o que fez meus olhos se abrirem automaticamente, focalizando-o.

- Alguma música?- perguntou ele, mas eu não respondi. Ele me lançou um olhar rápido e logo voltou sua atenção para a estrada, soltando um suspiro pesado- Vamos, fale logo o que você quer, senão vou perder a paciência.

- Como? Como tudo isso aconteceu? Como vocês foram capazes de orquestrar todos aqueles eventos na faculdade para me trazer até aqui? Quem são vocês? O que querem comigo? E por que estou sendo levada para um lugar que nem sequer conheço?- As perguntas brotaram em minha mente, e eu as lancei a ele, enquanto o moreno permanecia em silêncio por alguns segundos.

-Bom, eu sou o Bill, o loirinho que estava conversando com você no calabouço é o Gustav, e tem o Georg, que não está aqui neste momento. O Tom é o responsável pela sua perna machucada e é o líder da nossa gangue, os Tokio Hotel, considerados 'perigosos' em todo o mundo...- ele explicou, enquanto eu ouvia atentamente cada uma de suas palavras- O Tom e o Georg têm te espionado há alguns meses porque você é filha do Jake, um cara que possui uma 'dívida' antiga conosco, embora eu não considere exatamente uma dívida... Então, decidimos ir até você para chegarmos até ele. O Tom elaborou um plano perfeito! Eu me tornei amigo do seu amigo, Alec, e ofereci uma área VIP na boate. Como ele não pôde comparecer, ele me pediu para chamar duas amigas, e quando ele me falou seu nome e o da outra mulher, é claro que eu aceitei. Foi nesse dia que eu entreguei o papel que o Gustav havia escrito, e naquela noite, o Tom invadiu a faculdade e elaborou os códigos e os desafios.

-Era realmente necessário tudo isso? Não era mais fácil uma simples ligação?- interrompi, vendo-o soltar uma gargalhada.

- Meu irmão adora um jogo, então não. E além disso, sabíamos que você é inteligente o suficiente para decifrar os códigos sozinha, mas também um pouco ingênua ao entrar em um carro desconhecido. E é assim que você acabou aqui!- ele concluiu, o que me fez revirar os olhos e cruzar os braços, encostando minhas costas no banco.

- Eu já disse que não vejo meu pai há anos, ele nunca se importou comigo! Então, não acho que serei útil para vocês- declarei, com amargura.

- Eu sei, mas o Tom é orgulhoso demais para entender isso- ele suspirou mais uma vez.

No momento em que Bill suspirou, uma sensação de resignação tomou conta de mim. Era evidente que não importava o que eu dissesse ou o quanto eu me recusasse a cooperar, eles tinham um objetivo que pretendiam cumprir, mesmo que eu não concordasse.

- Eu entendo que o Tom seja orgulhoso, mas isso não significa que eu tenha que aceitar tudo isso sem questionar- respondi com firmeza, mostrando minha determinação- Eu posso não ter tido um relacionamento com o meu pai, mas isso não me torna uma peça nesse jogo entre vocês. Eu sou uma pessoa com a minha própria vida e as minhas próprias escolhas.

𝗗𝗘𝗔𝗧𝗛𝗦- 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora