CAPÍTULO A SEGUIR CONTÉM SURTOS PSICÓTICOS
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Tudo à minha volta estava mergulhado na escuridão, e não conseguia sentir nem mesmo o sopro do vento. Com grande esforço, abri finalmente meus olhos, apenas para me encontrar em uma sala totalmente branca, vazia, exceto por mim mesmo. Enquanto eu percorria o lugar, ciente de que estava caminhando em círculos sem fim, meus olhos pousaram em um garotinho com dreads e roupas largas, enfeitadas com rasgos. Seu rosto ostentava uma expressão de tristeza dilacerante. Espere... esse garotinho era eu.
Meu olhar foi imediatamente atraído para o mais velho atrás da minha versão diminuta. Jake, com um sorriso perturbador, fitava-me fixamente.- Por favor, não deixe ele me matar - implorou o garotinho de dreads, uma lágrima solitária escapando de seus olhos, indício de um medo avassalador. Porém, ele permanecia imóvel, como uma estátua congelada em meio ao tempo.
Jake, então, tirou um canivete do bolso, desdobrando-o e revelando uma lâmina de ferro prateado, pontiaguda e assustadoramente grande, capaz de causar um corte profundo. O coração aflito, percebi que Jake estava prestes a desferir um golpe fatal pelas costas da minha versão mais jovem e gritei:
- NÃO! - Meu grito de desespero não foi suficiente para impedi-lo. Jake cruelmente enterrava a lâmina no pescoço do garotinho, dando início a uma sinistra dança de sangue, que escorria pelas roupas largas e rasgadas dele. Ao mesmo tempo, jatos de sangue escapavam de sua boca, criando uma cena perturbadora sobre mim mesmo. Senti um choque paralisante tomando conta de mim, observando o ocorrido com uma combinação de perplexidade e horror, minha boca entreaberta.
O pequeno Tom tombou no chão, morto, vítima da maldade de Jake.
- Olha o que você fez, Tom - pronunciou Jake, seu olhar fixo no cadáver infantil estendido no solo.
- Eu... Eu... Eu não fiz nada - consegui articular, minha voz trêmula, dando passos vacilantes para trás, enquanto via uma poça de sangue se expandir e avançar em minha direção.
- Olha o que você fez, Tom.
- FOI VOCÊ! - gritei, cerrando os punhos com raiva.
- Olha o que você fez, Tom - repetiu Jake, soltando uma risada maligna, cujo eco reverberava assustadoramente por todo o local. E aquele riso não cessava, tornando-se cada vez mais agudo, insuportavelmente penetrante, fazendo-me levar as mãos aos ouvidos, na tentativa desesperada de abafar aquele som perturbador.
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𝗗𝗘𝗔𝗧𝗛𝗦- 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻
FanfictionMadelyn Miller, decidida a viver uma vida normal como qualquer outra mulher mudando seu sobrenome tão temido pelos os outros. No auge dos 18 anos, ela acreditava em esquecer seu passado indo para uma república de faculdade onde se sentia em casa, ma...