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Mais uma vez, o barulho alto da música e as vozes das pessoas no andar debaixo me incomodavam, impedindo que eu conseguisse dormir tranquilamente

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Mais uma vez, o barulho alto da música e as vozes das pessoas no andar debaixo me incomodavam, impedindo que eu conseguisse dormir tranquilamente. Parecia que a festa estava extremamente animada e cheia de comemoração, com gritos felizes ecoando por todo o ambiente. Eu bufava de frustração, fechando os olhos com força, na tentativa de ignorar a vontade repentina de sair do quarto e xingar o Bill, responsável por toda aquela bagunça.

Com o passar de alguns minutos, finalmente senti meus olhos pesarem, sinal de que eu estava prestes a adormecer, até que uma voz feminina invadiu meus ouvidos e me fez abrir os olhos rapidamente. Me sentei rapidamente no canto da cama, agora em estado de alerta, pronta para correr em direção à escrivaninha e pegar o canivete que guardava ali. A mulher que me chamava era loira, de olhos azuis e vestido vermelho colado ao corpo. Ela exalava elegância e parecia empoderada, com as mãos firmementes apoiadas na cintura.

- Bom dia, dorminhoca.

- Quem é você? - perguntei, tentando transmitir seriedade em minha expressão.

- Eu sou Maya, uma amiga de longa data e íntima dos Kaulitz - ela respondeu, caminhando da porta em direção ao centro do quarto, sem desviar o olhar de mim. O som dos seus saltos pretos batendo contra o chão ecoava pelo quarto.

- Íntima? - indaguei, curiosa e desconfiada.

- Sim, fui o primeiro beijo e o primeiro sexo de ambos - ela declarou, evidenciando certo orgulho, enquanto abria um sorriso que revelava suas covinhas. - Levante-se! - ordenou, e eu prontamente obedeci, levantando-me da cama. Ela me analisou por alguns instantes, aproximando-se devagar. - Você é bonita, embora de aparência simples. O que Tom vê em você?

- Jake - respondi, destacando um tom levemente irônico.

- Ah, claro - ela riu. - Prazer em conhecê-la, Madelyn. Bill falou bastante sobre você... e pelo visto ele tem uma nova melhor amiga - ela observou, referindo-se a mim, o que fez um pequeno sorriso se formar em meu rosto. - Aliás, ele pediu para eu vir te ajudar a se arrumar.

- Se arrumar? Para quê?

- Para a festa! Você realmente acha que vai passar a noite inteira trancada neste quarto?

- Não só acho como eu vou - afirmei, passando por ela com determinação em direção ao banheiro. Ela me seguiu de perto, quase como uma sombra.

- Você deveria aproveitar sua vida de luxo enquanto estiver aqui - Maya respondeu com sarcasmo, provocando um riso irônico em mim. Era claro que, na verdade, ela queria dizer que eu estava vivendo uma verdadeira tortura.

- E quem você pensa que é para me dizer o que devo ou não fazer? - virei-me abruptamente para encará-la, encontrando-a encostada na batente da porta, com os braços cruzados.

- Posso dizer que sou sua amiga a partir de agora, e talvez até uma ajuda para você ir embora - Maya me surpreendeu com essa afirmação, despertando em mim uma certa curiosidade. Ela apontou para um canto do banheiro, próximo à pia, onde estava a mala de Lena que eu tinha pegado no dia da faculdade. - Aquela é a sua mala? - questionou.

𝗗𝗘𝗔𝗧𝗛𝗦- 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora