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Me olhei novamente no espelho para ter certeza de que estava tudo em ordem

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Me olhei novamente no espelho para ter certeza de que estava tudo em ordem. Sinceramente, eu queria muito usar um vestido! Mas odeio vestidos, são desconfortáveis e ficam levantando a todo momento. Com certeza ficaria agoniada e trocaria em cinco segundos. Optei por uma blusa roxa junto com minha jaqueta por cima, uma calça jeans preta que destacava minhas curvas e, é claro, meu coturno com um pequeno salto atrás. Minha maquiagem era simples, apenas um corretivo e gloss, e meus cabelos estavam soltos com babyliss.

Coloquei as mãos sobre minha calça, bufando. Odeio o fato de não ter nem bunda nem coxa! Talvez seja por eu ser muito fina. Pelo menos tenho uma certa quantidade de peitos, isso é ótimo. Dei de ombros e saí do banheiro, encontrando Elena já vestida. Ela usava um vestido branco cheio de brilhos e um casaco de pelos rosas que se destacava em sua roupa. Seu salto era prateado e sua maquiagem estava pesada, quase irreconhecível.

- O que foi? Estou feia?- ela perguntou, percebendo que eu a encarava por alguns minutos.

- Não! Você está linda- falei sorrindo, o que fez um suspiro aliviado escapar dos seus lábios.

- Você está gata também- ela veio em minha direção, me analisando- O carro chega em dez minutos

- Ok!

Me sentei na ponta da minha cama, cruzando as pernas. Estou sentindo que algo vai acontecer! A dúvida é: é bom ou ruim? Não tenho respostas, só tenho essa sensação. Às vezes estou certa, mas às vezes é só nervosismo. Acho que hoje é apenas nervosismo.

Ficamos mais de 20 minutos esperando no local. Agora, eu estava deitada na minha cama com uma expressão de tédio. Não eram dez minutos? Parece que o carro atrasou. Isso que dá chamar Uber.

- Chegou! - exclama a loira, me deixando empolgada. Já era hora.

Me levanto da cama enquanto ajeito meus cabelos e sigo Elena para fora do quarto. Caminhamos pela República até chegarmos à porta de saída, que era grande e feita de madeira. Aqui, todos os fins de semana são livres, o que significa que a diretora permite que os alunos vejam parentes, amigos, saiam para passear, entre outras coisas. Por isso, estava tudo bem vazio por aqui e podemos fazer barulho à vontade. Elena tira a chave de sua pequena bolsa prateada e a leva até a porta, abrindo-a. Ela sai para fora e eu a sigo, sentindo o vento gelado da noite bater em meu rosto.

- Prontinho - diz ela, trancando a porta novamente. - Vem, lindona. - Sinto sua mão tocar a minha e sou puxada. Começamos a andar pelo lindo e amplo pátio da entrada da faculdade até chegarmos aos portões.

- Alec te passou o endereço? - pergunto.

- Sim, e eu já passei para o Uber - responde ela, abrindo o portão com dificuldade por ser pesado e feito de ferro. Como ela consegue fazer tudo isso com esse vestido?

Caminhamos em direção a um Fiat Argo branco, onde havia um homem sentado no banco do motorista, com a janela aberta. Elena cumprimenta o homem, indo para o outro lado do carro e sentando ao lado dele. Eu me dirijo para o banco de trás.

𝗗𝗘𝗔𝗧𝗛𝗦- 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora