doze

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Minha cabeça doía

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Minha cabeça doía. Eu não conseguia focar, o brilho da tela do celular me incomodava.

Resmunguei algumas palavras tombando a cabeça pra trás e encostei na cabeceira da minha cama.

— Você não deveria ter bebido tanto vinho. — Ryan comentou enquanto retirava o relógio do pulso e sentou-se do outro lado da cama — Tenta manter a cabeça inclinada e pressiona as têmporas, massageando.

— Entenderia se tivesse no meu lugar. Eu deveria a princípio ligar pro Graham e gritar com ele.

— Isso é pelo seu pai ou por Reed?

Ele colocou as costas na cabeceira, e cruzou as pernas em cima da cama.

Ryan estava olhando pra mim com aquele semblante compreensível que me fazia sentir ainda mais culpada, porque eu sabia que parte disso era por Reed.

E o pior, eu não deveria ficar tão emocionada com isso. Entregava o quanto parecia ter algo despertando dentro de mim.

Tive que respirar fundo pra parecer menos caótica.

— Porque Reed teria alguma coisa a ver com minha compulsão por querer ficar bêbada essa noite?

— Aria, você ainda pensa nele?

— Porque está me fazendo essa pergunta, amor?

— Eu vi vocês, parece que algo não se apagou.

Porque isso estava inflando ainda mais a minha culpa?

Eu era uma adulta, deveria ser capaz de lidar com a situação com mais maturidade em vez de estar prestes a me esconder num casulo feito uma criança amedrontada e chorosa.

Fechei os olhos por alguns segundos e abri apoiando a minha mão em cima da mão de Ryan.

— Você não precisa se preocupar com Reed, o que eu senti por ele ficou há oito anos atrás.

Ryan sorriu, mas antes de dizer qualquer coisa havia sido interrompido por um toque no meu celular que eu fiquei hesitante de olhar.

Mesmo com a cabeça latejando eu abri a notificação que havia sido encaminhada pra mim.

Era um tabloide postando algo sobre a St.Louis ter disponibilizado a eles de primeira mão acesso aos documentos de Luke, que constava que ele era o meu filho.

Esse era um dos motivos de eu ter escolhido Willsburg. Haviam se passado oito anos e ninguém nunca havia vazado absolutamente nada pra imprensa, e então eu resolvi aceitar Nova York e a escola que dizia ser a mais segura e discreta de todas estava disponibilizando documentos que deveriam ser privados a imprensa.

Eu com certeza iria processa-los. E ao tabloide pela foto do documento.

Apertei o celular com a mão, tentando não deixar o nervosismo assumir o controle por mim.

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