Estar na Carolina do Norte enquanto Aria estava enfrentando problemas em Nova York, era um pesadelo.
Desde que Aria havia voltado para Nova York, eu estava na Carolina do Norte por causa dos jogos fora que tínhamos naquela semana. Era uma daquelas situações em que eu queria estar perto dela para apoiá-la, mas a distância física tornava isso impossível.
Eu andava de um lado para o outro no meu quarto de hotel, quando ouvi batidas na porta e abri. Era Deacon, que entrou apressado.
— Reed, cara, você viu o que está acontecendo? — Deacon perguntou, parecendo preocupado.
Eu sabia exatamente do que ele estava falando, mas eu não queria acreditar. Era difícil imaginar que algo tão pessoal e íntimo como aquilo havia se tornado público.
Eu tinha noção que não teria o menso peso pra mim quanto teria pra Aria, mas eu também estava naquele vídeo e estava me sentindo invadido tanto quanto ela.
Deacon entrou no meu quarto, e se jogou em uma poltrona.
— Eu vi... — minha voz saiu abalada. — Isso é um pesadelo.
Deacon bufou, relaxando na poltrona.
— Eu liguei pra Brooke e mandei ela limpar toda a nuvem de armazenamento dela, e eu fiz o mesmo. — ele disse — Vai saber se não vão tentar o mesmo com a gente. Você deveria fazer isso também, Reed. — ele sugeriu.
— Eu não tenho aquele vídeo. Só a Aria tinha. — respondi, e ergui uma sobrancelha para Deacon, achando graça de sua reação. — Você e Brooke fazem esse tipo de vídeo? — perguntei.
Deacon assentiu com confiança, como se fosse algo a se orgulhar. Não que eu estivesse julgando ele por isso, mas com nossas vidas públicas, eu achava melhor que esse conteúdo não fosse feito.
Evitaria esse tipo de coisa.
— Nós estamos sempre viajando, Reed. Nós trocamos certas fotos e vídeos que não vem ao caso agora.
— Eu entendo que vocês têm a liberdade de fazer o que quiserem em suas vidas privadas, mas esse tipo de conteúdo pode ser perigoso, especialmente para pessoas públicas como nós. Olha o que aconteceu comigo e com a Aria...
— O que você espera que façamos? — ele perguntou — Nós temos uma semana fora, agora. Eu não conseguiria me concentrar no hóquei sem me aliviar e eu não pretendo trair a minha namorada.
— Eu não estou dizendo que você não deva fazer, cara. — retruquei. — Mas devemos concordar que você precisa ser cauteloso. Faça chamada de vídeos ao invés de fazer algo que vá armazenar.
— Sabe o que eu acho? — ele disse, levantando-se.
Eu suspirei, esperando pela opinião de Deacon.
— O que você acha? — perguntei, curioso sobre seus pensamentos.
— Que você deveria lugar para o seu filho. Imagina como é ter esse tipo de vídeo dos seus pais? Será que já chegou ao conhecimento dele? Como ele pode estar lidando com isso?