Reed estava muito determinado a me fazer ir em um encontro com ele. Eu recebi três buquês de flores durante um dia, seguidos de ligações insistentes.
Achei que talvez aquele convite fosse irrecusável, principalmente quando chegou o quarto buquê junto com uma sacola de grife contendo um vestido preto bonito, dentro.
Quando vesti aquele vestido, eu dizia a mim mesma que era apenas para experimentar, mas ver como Reed havia sido de atencioso ao escolher algo que combinava comigo, me deixou animada para usar.
Eu sorri, olhando o meu reflexo no espelho e uma sensação incrível e ao mesmo tempo estranha tomou conta de mim.
Quando eu percebi, eu já estava arrumada. A desculpa era que eu queria apenas estrear a minha roupa nova.
Meu coração acelerou ao ver a mensagem de Reed, dizendo que me esperava dentro do carro na garagem subterrânea do prédio.
Meu coração estava em uma verdadeira montanha-russa de emoções enquanto me dirigia até ele. Vestindo o vestido preto que Reed havia escolhido, me sentia bonita e confiante. Ele me conhecia tão perfeitamente bem, e parecia estar com a bola toda.
Respirei fundo antes de abrir a porta do carro e entrar. Reed estava lá, sentado no banco do motorista, com um sorriso brilhante no rosto ao me ver.
O cheiro de perfume e o clima dentro do carro me envolveram. Eu estava ansiosa, mas também curiosa para ver como seria esse encontro com o pai do meu filho. Ele havia escolhido Fire on Fire do Sam Smith para tocar no rádio, e eu percebi que ele estava realmente tentando criar uma um clima romântico. Me lembro muito bem quando ele cantava aquela música pra mim, enquanto tocava o seu violão e eu sempre dava risada da voz de sua voz, quando estávamos na escola.
— Você está deslumbrante, Raio de sol.
— Você também não está nada mal. — respondi, tentando não deixar transparecer o quão afetada eu estava pela presença dele.
Ele deu partida no carro, e começamos a nos dirigir para o local do encontro. O clima no carro estava tenso, mas também carregado de expectativas. Eu estava tentando manter minha guarda alta, mas era difícil resistir ao charme de Reed e ao esforço que ele estava fazendo para tornar aquele encontro especial.
Conforme a música tocava, eu me peguei olhando para ele de soslaio, relembrando os momentos felizes que tínhamos compartilhado no passado. Era inegável que tínhamos tido uma conexão intensa, mas também tínhamos machucado um ao outro profundamente. Ambos fizemos coisas, ambos nos arrependemos.
Mas agora tínhamos uma prioridade.
Eu tentei não ficar preocupada demais e deixei um sorriso assumir o meu rosto.
— Aonde está me levando? — quebrei o silêncio que havia formado entre nós dois.
— Lembra quando a gente era adolescente e vinha a Nova York? Você sempre dizia que um dia iria querer um lugar específico reservado só pra você. — ele disse.