vinte e cinco

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Quando finalmente chegamos em casa, fomos direto para o banheiro para eu cuidar do machucado em sua bochecha

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Quando finalmente chegamos em casa, fomos direto para o banheiro para eu cuidar do machucado em sua bochecha. Luke parecia menos irritado, mas ainda estava abalado com a briga e com toda a situação em torno do vídeo do vídeo. Eu queria ser um bom pai para ele, apoiá-lo e ajudá-lo a encontrar uma maneira de superar essa fase difícil.

Eu ajudei Luke a limpar o corte em sua bochecha, enquanto ele estava sentado de cara emburrada.

— Está doendo muito? — perguntei, tentando ser o mais delicado possível.

— Você deveria ter visto como ficou David. — ele respondeu, ainda mantendo o mau humor. Um corte na bochecha com certeza não dói tanto.

— Você não deve se orgulhar disso. — avisei.

— Eu sei, pai. Eu só... eu só não aguentei ouvir aquelas coisas sobre a mamãe. — Luke murmurou, desviando o olhar.

Ele levantou do vaso onde estava sentado, para ir sentar no chão.

Sentei-me ao lado dele e coloquei a mão em seu ombro, mostrando-lhe apoio. Era compreensível que ele estivesse se sentindo tão irritado e agindo impulsivamente diante das provocações.

Eu entendia ele, porque quando eu tinha a idade dele se a minha mãe tivesse exposta em uma vida como a de Aria e eu escutasse piadas sobre ela, eu provavelmente partiria para a mesma situação.

Era agora em que eu me encontrava em um dilema infinito, como conduzir a situação a partir de agora.

Eu tinha noção que eu não poderia sentar com Luke e jogar videogame com ele, mas o que eu deveria fazer?

— Sempre vão falar alguma coisa sobre a sua mãe, Luke. — expliquei. — Você não pode simplesmente explodir quando uma situação como essa acontecer.

Ele bufou, ainda emburrado, mas parecia estar me ouvindo. Continuei:

— Primeiro, saiba que você pode sempre conversar comigo e com a mamãe sobre o que está sentindo. Nós estamos aqui para te apoiar e entender o que está passando. Se precisar desabafar ou se sentir frustrado, fale com a gente, tá bom?

Ele assentiu, mas ainda não parecia convencido de que desabafar seria suficiente.

— Além disso, lembre-se que a violência nunca é a resposta.

Luke torceu o nariz.

— Eu já vi você se meter em brigas no rinque, quando vejo as suas partidas de hóquei. — ele retrucou.

Eu respirei fundo, entendendo que Luke estava querendo comparar pra não assumir seus erros. Era verdade que me envolvi em algumas brigas nos jogos, poucas.

Mas ele era esperto demais pra não perder a minha hipocrisia.

— É verdade, Luke, eu já me envolvi em algumas brigas nos jogos de hóquei, mas isso não significa que seja a forma correta de agir. Lá dentro do rinque, as regras são diferentes, mas na vida real, não podemos resolver nossos problemas com violência. Nós temos regras e você bater no seu colega não é a solução. Imagina se eu não gosto sobre algo que alguém falou sobre mim na rua, e eu partisse pra cima dessa pessoa e no final não houvesse uma consequência? O mundo estaria uma bagunça, certo?

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