A luz da manhã começava a filtrar pelas cortinas do quarto, iluminando suavemente o ambiente. Observei nossos corpos ainda entrelaçados sob os lençóis. O calor do seu corpo ao meu lado me fez sorrir enquanto eu sentia ele acariciar meu pulso, onde estava a tatuagem que compartilhávamos.
— Bom dia, esposa. — murmurou, sua voz rouca pela manhã.
— Bom dia, marido. — eu respondi com um bocejo, seus olhos se encontrando com os meus. — Acho que ainda não me acostumei com essa palavra.
Sua risada suave preencheu o quarto, enchendo-o com uma sensação acolhedora que eu nunca me cansava de ouvir. Ele passou a ponta dos dedos pela minha lombar, acariciando uma tatuagem recente que eu havia feito há um ano que dizia: "Be Brave".
— Quando vamos fazer outra? — perguntou. — Bom, você tem nove tatuagens e eu tenho apenas uma.
Descansei a mão no peito dele, soltando uma risada. Reed em um estúdio de tatuagem era uma cena que eu me lembrava perfeitamente, e foi difícil quando ele fez a que tinha no pulso.
Não sei se deveria ser animador pra ele, enfrentar uma agulha outra vez.
— Você quer fazer uma tatuagem? — perguntei. — Você se lembra como você quase chorou quando fomos ao estúdio fazer essa coisa pequena? — tracei a tatuagem no pulso dele.
Reed riu, uma risada que ecoou pelo quarto e me fez sorrir ainda mais. Ele segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos enquanto olhava para a tatuagem no pulso.
— Talvez eu esteja disposto a fazer isso outra vez....
Reed foi interrompido com batidas ecoando na porta. Reed sorriu pra mim, arqueando a sobrancelha.
— Parece que nossa noite de núpcias passou muito rápido. — murmurou.
Reed se levantou com um suspiro suave, puxando um roupão e caminhando até a porta. Ele abriu a porta, revelando Luke, que estava segurando uma bandeja com café da manhã.
— Bom dia, mãe, pai. — Luke disse, com um sorriso travesso nos lábios. — Pensei que vocês poderiam estar com fome.
— Diga que você não preparou nada na cozinha sozinho, filho. — perguntei.
— Não, eu só peguei as sobras da festa.
— Ok, vem aqui e junte-se a nós. — dei batidas na cama para o meu garotinho sentar ao meu lado — Seu pai quer fazer uma tatuagem, o que você acha disso?
Luke riu, parecendo intrigado com a ideia. Ele deixou a bandeja em cima da cama, e sentou-se ao meu lado.
— Irado! — ele exclamou, animado — Eu posso fazer uma também?
Eu ri, olhando para o meu filho animado com a possibilidade.
— Haha, não tão rápido, moleque. Talvez daqui a dez anos.