END GAME - 𝑷𝒊𝒆𝒓𝒓𝒆 𝑮𝒂𝒔𝒍𝒚

𝙏𝙬𝙚𝙣𝙩𝙮 𝙎𝙞𝙭

sᴜᴢᴜᴋᴀ

O final de semana em Monza tinha sido caótico. As duas Alpine's estavam fora na quinta volta, após uma colisão. Rossi estava furioso na reunião, e não era recorrente a colisão - que não teve a culpa dos pilotos, mas sim pela Alpine está cada vez mais caindo referente as pontuações.

— Começamos super bem. Mas agora estamos entregando o campeonato de bandeja. Alguém pode me dizer o problema?

O surto repentino de Laurent Rossi fizeram todos se calar, afinal ele tinha total direito sobre isso.

— Diana? Qual o problema dessa vez? O carro, o piloto? – ele me encarou e obriguei o meu auto controle a funcionar, muitas pessoas em um colapso não seria boa coisa, por tal razão permaneci em silêncio. — No começo da temporada você me surpreendeu Gasly, de verdade. Mas e agora? Outro rebaixamento não seria o ideal para seu currículo.

Pierre não respondeu, mas o francês se levantou e se retirou da sala de conferência, deixando Rossi mais irritado.

— Por hoje é isso. – ele bufou deixando a sala também.

— Que dia horrível – Jason sussurrou ao meu lado e balancei a cabeça concordando.

— E só tende a piorar Jas.

  Era race week, mas houve mudanças no calendário da Fórmula 1. Com isso a corrida de Suzuka tinha sido antecipada deixando SPA para a semana seguinte. Isso pegou todos desprevenidos.

Eu não podia garantir um carro completamente estável para as condições climáticas de Suzuka, Pierre não parecia estar em seu melhor momento, na verdade toda a Alpine. Tínhamos sido ultrapassados pela McLaren na tabela, ficando em sexto lugar.

Faltava cinco minutos para o início da corrida, e era visível a tensão na nossa garagem, já não bastava o final de semana passado ter suportado todo o aue por conta das notícias divulgadas. Era apenas mais um dia de luta.

Otmar ao meu lado estava irritado, parece que Rossi contagiou todos com seu mau humor.

— Gasly, teste de rádio. – falo.

— A previsão do tempo hoje é caos, seguida de pancadas de ódio. – o francês responde me tirando uma gargalhada.

— Excelente, obrigada por nos informar mister previsão do tempo.

A chuva começou antes mesmo da largada, obrigando todos a fazer a mudança de compostos. Pierre largaria do nono lugar, e eu esperava um milagre definitivo. Mas não foi isso que recebi.

— Seguramente estoy pagando por algún pecado mortal – reclamo quando a chuva aumenta.

— A visibilidade reduziu em 98% – Pierre informa. — E o carro está deslizando demais.

— Você vai ter que controlar a frenagem, não temos muito o que fazer daqui. – respondo.

— Vou tentar – Pierre responde e é interrompido por Otmar.

— Estamos cansados de viver na estática de tentar, Gasly. Quero resultados, já estamos numa merda grande o suficiente.

Ergo a sobrancelha mas óbvio que não comento o queria com o chefe de equipe, Gasly conseguiu me surpreender pela segunda vez naquele dia, se mantendo em silêncio.

Na volta trinta e sete houve uma colisão entre Daniel Ricciardo e Mick Schumacher. A situação da pista estava caótica. Escorregadia, sem visibilidade, e com movimentação dos tratores para a retirada dos carros danificados.

— Isso não está certo. – resmungo pra mim mesmo.

Quinze minutos a pista estava liberada novamente, e não demorou muito tempo para ter uma explosão de Gasly, no rádio.