𝙎𝙚𝙫𝙚𝙣𝙩𝙚𝙚𝙣

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— Ninguém vai se importar se me ver no seu quarto? – Pierre provoca enquanto tento fechar minha última mala.

— Eu tenho uma boa atuação para isso – suspiro quando o zíper finalmente fecha — Vou falar que um tarado invadiu meu quarto.

— Seria um escândalo não acha? – ele se aproxima me abraçando por trás e dando um beijinho no meu pescoço, me fazendo arrepiar.

— Para com isso – me virei de frente pra ele — Ou eu vou ter que usar minha encenação.

— Vai? – ele me encarou e como eu odiava aqueles olhos azuis penetrantes. Seguido de um beijinho que retribui. — Nos vemos em Barcelona?

  Concordo com a cabeça e me solto dele tirando a mala de cima da cama onde ele se senta esparramado.

— Mas provavelmente vou chegar atrasada para o primeiro treino, você sobrevive sem mim? 

Ele põe a mão no peito e se joga na cama dramaticamente.

— Não eu não vivo sem Diana Viñales me xingando no fone. Que vida cruel.  – puxo ele pela mão achando graça do drama e fico entre suas pernas — Mas por que vai se atrasar?

— Antes de ir direto para Barcelona, Carlos e eu vamos fazer uma parada em Madrid – dou de ombros — Coisas de família.

— As vezes esqueço que vocês são gêmeos siameses – ele faz uma careta.

— Quando a gente era criança, meu pai falava a mesma coisa. Pois tudo a gente queria fazer junto – ri.

— Até tomarem banho pelados juntos? – Pierre faz
piada e em sequência leva um tapa meu.

— Não seu idiota. Quer dizer quando a gente era beeeeem pequeno sim. Contudo eu usava biquíni e ele uma sunga. – Pierre segue rindo provavelmente imaginando a cena. — Quer saber mais alguma coisa?

— Vocês já ficaram? – fiz uma careta no mesmo instante.

— Ew, não.

— Impossível!

— A gente nunca se viu assim, fomos criados feito irmãos então seria muito estranho.

— Nem para perder o bv? Tipo melhores amigos ajudando um ao outro sabe? – Pierre questionou já rindo da minha cara.

— Nessa fase de dar o primeiro beijo, Carlos estava preocupado em usar sua cueca nova do Relâmpago Mcqueen e eu em beijar os pôsters do Alonso.

Levou um tempo até Pierre parar de rir, o que me obrigou a rir junto com ele.

— Mas é sério. Nunca rolou e nunca vai. Carlos é extremamente gato e atraente mas não, prefiro preservar as memórias infantis de pura irmandade.

— Entendi – ele se levantou fazendo eu dar a volta no pescoço dele.— Se parar para analisar o Sainz parece mesmo o Mcqueen.

— E pelo que tudo indica a Saskia é a Sally. – dou uma risada.

— E você a Flo que reabastece o Ramone que habita em mim.

— Agora deu, formar o cast live action. – ajeitei os fios ainda loiros do cabelo dele — Quer ir comigo?

— O que? – ele franziu o cenho.

— Pra Madrid – dei de ombros.

— Achei que era coisas de família – ele coloca uma mexa de cabelo atrás da minha orelha — Isso quer dizer o que?

— Nada. – sinto meu rosto esquentar. — Amigos podem conhecer minha família.

— Vou conhecer o Maverick? Acho ele simplesmente foda. – ele se anima.

— Claro que vai. Ele só não é bom pois corre pela Aprillia – debocho.

— Deixa eu adivinhar. Sua equipe é a Ducati?

— É tão óbvio? – sorrio e concordo dando lhe um selinho.

— Madrid, então. – ele sorri me deixando boba.

Isso não deveria estar acontecendo. Eu deveria estar longe de Pierre Gasly. Mas ele como um grande imã.

END GAME - 𝑷𝒊𝒆𝒓𝒓𝒆 𝑮𝒂𝒔𝒍𝒚 Onde histórias criam vida. Descubra agora