𝙁𝙞𝙛𝙩𝙚𝙚𝙣

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ɢᴘ ᴇᴍɪ́ʟɪᴀ ʀᴏᴍᴀɢɴᴀ

Pierre havia se classificado na quali de sábado, mas o carro já não estava tão bom quanto antes e isso me preocupava.

— Você fez revisão? – Rossi passou por mim e apenas assenti com manear da cabeça.

— Fiz o que pude, mas vamos precisar de uma reforma boa – falei baixo e o francês franze os lábios me deixando na garagem.

Não muito longe dali avisto Pierre e Lance Stroll encostado na parede contando algo que parecia ser confidencial pois quando me notaram Gasly fez questão de colocar a mão na boca pra impedir que eu fizesse uma leitura labial. Fiz uma careta para os ambos e me preparei para ir para pit-wall.

— O clima mudou na garagem da Ferrari – O francês saltitou ao meu lado enquanto eu ajeitava meu uniforme.

— Virou o garoto das previsões de tempo de equipes?

— Vai querer saber ou não? – ele fecha o zíper do macacão.

— Resume, você tem dois minutos para estar dentro do seu carro.

— Depois de Miami ficou óbvio que os dois se odeiam não é? – Pierre arqueou as sobrancelhas esperando que eu concordasse — Mas ontem teve um evento da Ferrari.

— E – abri a mão esperando a continuação.

— E hoje quando estava conversando com o Sainz, ele ficou meio sem jeito quando viu a princesa chegar, e a própria ficou vermelha na hora e apressou o passo para garagem.

— Tá, mas isso quer dizer o que?

— Eu sei lá, mas alguma coisa aconteceu entre os dois, no máximo ele estariam se matando.

— Tipo como eu quero fazer com você agora pois está atrasado?

— Você é melhor amiga dele, tenta descobrir.

Revirei os olhos e afirmei que faria isso e o empurrei para seu carro. O francês largaria da sexta posição, mas minha mente estava cogitando em como perguntar ao Sainz o que estava acontecendo.

A corrida se iniciou com a primeira fileira da Red Bull seguida por uma Ferrari e uma Mercedes. Em quinto lugar Gasly estava na briga com a Aston Martin de Alonso.

— Tente não bater no meu velho – brinco no rádio.

— Eu ainda tenho amor a vida – foi a resposta dele.

Na volta quarenta e três notei a balanceamento do carro.

— Pierre me informe.

— Tem algo de errado com o assoalho, e o freio motor está demorando pra responder.

— Na curva sete vem para o box.

O francês suspira pois perderia a sua quarta posição que havia conquistado de Alonso por alguns segundos. Os reparos no assoalho foram feitos e no freio motor. Mas eu não estava gostando da temperatura que o carro estava chegando.

Contudo não podia fazer muito pois Gasly acelerou o carro tentando uma ultrapassagem o que não aconteceu.
Em cinco voltas consecutivas Saskia manteve a volta mais rápida.

— Didi, acho que estou com problemas. – Pierre avisou no rádio.

— Estou percebendo a falta de controle.

— E está muito quente, mais do que deveria.

— Encosta o carro.

— Acho que consigo chegar no box.

— Encosta a porcaria do carro Gasly.

— Que merda.

Ele fez isso e antes que pudesse descer a traseira do carro começou a se incendiar. Pierre teve certa dificuldade pra sair do veículo, o que me desesperou,pois as chamas começaram aumentar, mas os auxiliares do circuito o ajudava enquanto os outros apagavam o fogo. Meu coração palpitava e me xingava mentalmente.

Sai da pit-wall quando foi anunciada a bandeira vermelha, o carro rosa da Alpine foi rebocado para garagem e chequei os danos, que claramente estava no motor.
Suspirei frustrada pois o motor tinha passado por uma modificação que claramente deu errado. Deixei o carro que fedia a queimada ao ver que Pierre estava abaixando no chão encostado na parede, com o macacão abaixo e erguendo a manga do fireproof.

Me abaixei na frente dele, checando todo canto.

— Eu tô bem – ele deu um tapinha na minha mão. — Ficou preocupada é?

— Sim, com meu carro. – brinquei e ele sorriu. — Me desculpa, isso com certeza não era pra ter acontecido, toda vez que...

— Didi a culpa não foi sua. – ele se levantou colocando as mãos nos meus ombros.

— Pare de me chamar de Didi me sinto com cinco anos - faço bico — E foi assim. Eu no fundo sabia que deveria ter trocado o motor.... Você tinha chances de pegar o pódio novamente.

Falo frustrada e ele suspira com o mesmo sentimento.

— Aos poucos a gente chega lá. – ele fecha a mão em um soquinho.

— Ainda vou fazer você ganhar.

— Eu sei que vai.

END GAME - 𝑷𝒊𝒆𝒓𝒓𝒆 𝑮𝒂𝒔𝒍𝒚 Onde histórias criam vida. Descubra agora