END GAME - 𝑷𝒊𝒆𝒓𝒓𝒆 𝑮𝒂𝒔𝒍𝒚

𝙏𝙝𝙧𝙞𝙩𝙮 𝙉𝙞𝙣𝙚

Tirei os fones de ouvido e me inclinei na bancada permitindo que as lágrimas rolassem livremente. Mas elas eram de alegria. Meu corpo foi logo preenchido por abraços e tapinhas de todos da equipe.

Acabou. Pierre Gasly terminou a corrida em terceiro lugar, contabilizando os pontos finais, a Alpine era terceiro lugar também no campeonato de construtores.

Se me dissessem em 2022 que sairíamos do quarto lugar e subiríamos mais um, eu não acreditaria. Depois de uma temporada com altos e baixos, eu poderia testemunhar que éramos algum milagre eminente.

A festa azul e rosa se estendeu, com a bandeira francesa sendo passada de mão em mão. A razão de tudo estava ali. Minha equipe. Eles tiveram fé em mim e eu neles e isso nos levou até ali.

— Adivinha, por que nós conseguimos. – Pierre me girou em seu colo.

— Porque nós somos um grande time, baby– digo e em seguida lhe dou um beijo.

As equipes foram chamadas para receberem seus troféus, e eu me sentia uma criança em uma grande festa.

— Di – Jason me segurou pelos ombros — Estão te esperando na sala de reunião.

— Agora? – questiono e o francês apenas balança a cabeça assentindo.

Sigo para o complexo contra minha vontade. Era exageradamente a altura dos prédios nos países árabes, tive uma leve tontura ao subir todos aqueles andares de elevador.

Na sala estavam reunidos os diretos de comissão da FIA, Laurent Rossi, Matias Binotto e Christian Horner.

Horner era uma novidade mas me sentindo uma criança encrencada na sala da diretoria.

— Sente- se, Diana. – o diretor aponta para cadeira e batuco meus dedos nervosa.

Merda. Merda.

— Primeiramente gostaria de lhe parabenizar pela posição no campeonato.

— Obrigada. – respondo e procuro por Rossi que apenas sorri solidário.

— Diana ficamos sabendo sobre querer a quebra do seu contrato com a Alpine. – o diretor analisa uma folha — Lembrando que seu contrato era até 2025.

— Sim, senhor. Mas sobre isso, eu estive pensando melhor...

— Excelente, já vamos te ouvir. Horner quer falar primeiro antes que ela conclua.

Meu cenho se franze e olho para o chefe da RBR.

— Diana seu talento como engenheira é muito notável, entre todas as equipes já lhe aviso. E após aquela foto... – sinto minha cara arder e abro a boca pra falar mas ele ergue a mão. — Não se preocupe, eu sei que foi uma brincadeira, mas me fez pensar: Por que não? E o minha proposta é o seguinte...

Ele empurra uma pasta em minha direção.

— Você quer fazer parte da equipe Red Bull?

Abro a pasta com todas as informações. Trabalhar como engenheira da RBR? Dei uma risada baixa, analisando os pós e contras.

— Seria incrível, quero dizer seria incrível pro meu currículo trabalhar com vocês. – olho pra Horner — Mas eu ainda não estou pronta pra me desligar da Alpine.

— Não precisa decidir agora.

— Isso é, se eles ainda me quiserem.

Rossi da uma risadinha e olha pro diretor. Que a Alpine não me demita pra Red Bull me contratar. Que a Alpine não me demita pra ares Bull me contratar.