sᴀ̃ᴏ ᴘᴀᴜʟᴏ, ʙʀᴀsɪʟ
O Brasil era minha segunda casa. Nossa família costumava passar as férias em São Paulo, dona Isabel Berta, minha mãe dizia que ali poderia ser nosso refúgio sempre que precisávamos.
Era por essa razão que ela estava aqui agora, morando em um apartamento não muito longe do centro de São Paulo. Mamãe escolheu o Brasil para se refugiar logo após a morte de Dean, e não suportou a ideia de morar na nossa casa, com tantas memórias dele por lá. Dean foi o que mais teve acesso a essa cidade gigantesca, ele sempre vinha com mamãe.
E pra variar só tivemos um encontro meia boca, para matar a saudade, e ela negar todos meus pedidos de passar o final de semana comigo no autódromo.
Era dia de qualificação e não queria ficar com esses pensamentos rodando em minha mente, mas qualquer melancolia se foi pois encontrei Carlos no paddock segurando o celular e fazendo umas caretas estranhas , Lando Norris estava do seu lado vermelho de tanto rir e segurando um copo de brigadeiro. Elouise estava entre eles acompanhando a saga.
Saskia estava um pouco mais à frente com o braços cruzados e revirando os olhos centenas de vezes.
— O que eu estou perdendo? – digo me aproximando do trio.
Carlos apenas virou o telefone em um canal brasileiro, desafiando Felipe Drugovich a recriar a famosa receita de Carbonara. E Carlos repetia o que Felipe dizia em tom de deboche.
— Você que ensinou ele? – Lola olhou pra Saskia.
— Se estiver ruim, não. – a loira da de ombros colocando seus fones de ouvidos.
— E você quer ter outro piriri durante a corrida de novo né? – encaro Lando que levava a colher de chocolate na boca.
— Não dá pra resistir a brigadeiro brasileiro. – ele faz um bico.
— Era só pedir que eu fazia depois ou antes da corrida.
— Por que você não disse antes?
— Porque você não perguntou! – dou um tapa na cabeça dele e olho ao redor. — Gente cadê o Pierre?
— Vê no meu bolso. – Sainz comentou e antes que eu pudesse retrucar ele fez uma careta. — Larga minha tia seu tarado!
Olho pra onde ele se dirigiu, e quase engasgo com minha saliva. Minha mãe estava - magicamente - ali, conversando com o Pierre, com o braço entrelaçado no dele.
— Estoy loca! – resmungo pra mim mesma. — Mãe, você disse que não viria.
— Surpresa! – ela diz se soltando de Gasly apenas pra me abraçar. — Oi Carlinhos!
Carlos revira os olhos mas abraça forte minha mãe.
— Como você está tia Bel?
— Melhor. – ela sorri e a apresento para todos.
Estranhamente ela se sente confortável por estar ali no paddock e sorrio aliviada.
— Como você convenceu ela? – me aproximo de Gasly.
— Eu? Não sei do que você está falando, apenas a encontrei por acaso no paddock.
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END GAME - 𝑷𝒊𝒆𝒓𝒓𝒆 𝑮𝒂𝒔𝒍𝒚
FanfictionDiana Viñales tem um extenso currículo no mundo automobilístico, atualmente é engenheira pela Alpine F1 Team, e seus planos se veem bagunçados após a mudança de parceiro de equipe. Além de lidar em mostrar sua eficiência no cargo, terá que lidar com...
