Capítulo nove

1.9K 155 3
                                    

ÍSIS FERNANDES

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ÍSIS FERNANDES

Coloco o chapéu na minha cabeça, colocando o óculos logo em seguida. Em frente ao espelho, pinto os meus lábios com um rosa claro, apenas para dar aquele ar de pessoa hidratada e saudável. Ao me dar por satisfeita com a minha aparência, sentindo-me bonita e gostosa, pego o meu aparelho celular e saio do meu quarto no navio.

Normalmente eu gosto de me produzir bastante, sem poupar esforços para ficar bonita. Se bem que isso não é tão difícil, temos que concordar que sou linda. Mas hoje eu decidi ficar um pouco mais natural, por assim dizer. Sem a cobrança que eu mesma coloco em cima de mim para estar sempre bonita, com um look impactante e muito bem produzida.

Hoje eu desisti disso, preferir ser apenas eu mesma, a Ísis. Quero ficar com a minha cara limpa, poder receber sol a vontade sem medo da maquiagem derreter e acabar por estragar a minha produção. Convenhamos, por melhor que seja a qualidade da maquiagem e o seu efeito mate, difícil vai resistir mais do que pouquíssimas horas nesse sol escaldante de Dubai. Estou aqui para curtir o meu tempo livre, sem o peso das cobranças, apenas viver! De quebra, permitir que a minha menina possa viver um pouquinho também, mesmo que por pouco tempo, tendo a vida que uma criança deve ter, sem todas essas regras que a limitam demais.

Queria colocar o biquíni em Aisha, mas seu pai insistiu que poderia fazer isso. Acredito que, de certa forma, ele esteja tentando me provar que não trata a sua filha como se fosse um robô. Bem, se eu estiver certa, ele vai ter que se esforçar muito para que eu perca essa impressão. De qualquer forma eu não insisti muito, acreditei que seria bom para ela ter esse tempo com o seu pai. Quem sabe assim ele não pode conhecer mais um pouco da menina adorável que tem em casa, do quanto ela é rara e preciosa em todos os sentidos possíveis.

Entro na porta ao lado da minha, o quarto que eu deixei para a pequena. Ao entrar acabo tomando um susto, afinal Aisha corre na minha direção, envolvendo-me em um abraço apertado. Essa parte não me assustou, na verdade acabou por tirar um sorriso tão grande de meus lábios com a sua demonstração de carinho. Não pensei muito antes de me abaixar, ficando na sua altura, recebendo de bom grado o abraço, beijando a sua testa. Amava quando mamãe fazia isso comigo. O meu maior susto, na verdade, foi com as suas vestes.

É uma roupa com calça e mangas, tendo um vestido, que cobre até os cabelos com a touca, feito com aquele tecido de roupas de banho. Sem brincadeira anenhuma, apenas os rostos, as mãos e os pés dela ficaram de fora, o resto está todo coberto. Não sei como ela não está surtando de calor, no seu lugar já estaria agoniada. Por mais que tenha ar no quarto, sei que esse tanto de tecido acaba por incomodar bastante.

Quando eu acho que eles não podem mais me surpreender com o tanto que limitam uma mulher, eles me provam que estou redondamente enganada com mais uma coisa absurda como essa. É tão triste vê esse tipo de coisa, a falta de liberdade até mesmo em um momento de lazer, o qual é o desejo de todos. O pior de tudo é ver algo assim acontecer com uma criança, a qual já está tão acostumada com essa realidade que acha certo e não estranha.

Querido Sheik Onde histórias criam vida. Descubra agora