Tardes de Aurora - Parte 1

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Eu estava ali, presa àquela árvore, com as minhas mãos amarradas por uma corda grossa, enquanto o vento agitava o vestido florido, revelando mais do que eu gostaria

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Eu estava ali, presa àquela árvore, com as minhas mãos amarradas por uma corda grossa, enquanto o vento agitava o vestido florido, revelando mais do que eu gostaria. Diante de mim, o serviçal desfrutava de um paiero, apreciando a vista do meu corpo imobilizado. Uma sensação de vulnerabilidade e excitação tomava conta de mim.

Ele trouxe uma caixa cheia de instrumentos, selecionando cuidadosamente qual deles usaria. Optou por uma chibata de couro e se aproximou, levantando meu vestido. Sua voz ecoou em meu ouvido: "Você tem sido uma má garota, Juliénne. Por isso será punida." Cada golpe da chibata marcava minhas nádegas e coxas, transformando o branco em um vermelho ardente. Uma, duas, três vezes... a dor se misturava com um prazer que eu não conseguia controlar.

A cada chibatada, meus punhos se contorciam, apertando mais a corda que me prendia. Embora a dor fosse intensa, eu estava gostando, quase amando. Sentia minha pele queimar, e isso só aumentava meu desejo, fazendo-me gemer. O serviçal parou por um momento, deixando a chibata cair no chão. Ficou imóvel, como se apreciasse meu sofrimento, até que ele desabotoou o cinto e abaixou sua calça, revelando seu membro viril, grosso e cheio de veias sobressaltadas, pronto para me possuir.

...

Acordei em um susto abrupto. Meu coração palpitava descontroladamente e estava coberta de suor gelado. Levou um tempo até que eu percebesse que tudo aquilo era apenas um sonho. Sonhos assim me atormentavam desde a adolescência, mas ultimamente haviam se tornado mais frequentes, invadindo minha mente de uma forma inescapável.

Ao olhar para o lado, vi meu marido dormindo de costas, roncando, mergulhado em um sono profundo. "Ele jamais faria algo assim comigo", pensei, frustrada. Voltei a me deitar, deixando as imagens perturbadoras se desvanecerem pouco a pouco.

Thales, o homem com quem decidi me casar, era um renomado cardiologista. Vindo de uma família abastada e conservadora, ele parecia reproduzir os valores que lhe foram transmitidos. Embora ele tivesse me proporcionado uma vida confortável e luxuosa, era na intimidade que sua falha se revelava.

Na cama, era tudo monótono, quase protocolar. Ele não se preocupava em me chupar, ou se eu gozava quando transávamos, limitando-se a descarregar sua tensão em mim e, em seguida, virar-se para o lado e dormir. Thales era um bom marido, mas sua falta de interesse em me satisfazer estava me deixando cada vez mais frustrada.

Fui ao shopping com minha amiga Lígia em uma tarde, em busca de uma distração para meus pensamentos inquietantes. Compras costumavam me ajudar a afastar as imagens devassas que povoavam minha mente, mas ultimamente nem isso parecia funcionar. Enquanto voltávamos de carro, pássamos por uma rua em Ipanema, onde algumas mulheres ofereciam seus serviços.

"Que vida triste elas devem ter, se vendendo assim em plena luz do dia", comentou Lígia, mesclando julgamento e compaixão em suas palavras. "Dizem que hoje em dia existe um site para acompanhantes, onde as prostitutas estabelecem seus próprios preços. Só as mais baratas ficam nas ruas agora."

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