15 - Millenium Park.

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Quando chegamos a área do Millenium Park, analisei todo o local, sentindo um sentimento de puro nostalgia, enquanto eu contemplava todos aqueles metros de espessura verde.
Todo mundo começou a descer do ônibus e eu fiz o mesmo, me reunindo agrupadamente junto com alguns alunos para ouvirmos as instruções do professor.

- Bem, chegamos! Quem tiver suas câmeras, que fotografe! - Ele disse e pelo que parecia, só eu tinha uma câmera fotográfica a tiracolo. - Vamos começar atravessando o viaduto, e entrarmos no estádio. Tomem cuidado. - Ele recomendou.

Algumas pessoas agarraram os ombros de algum amigo e comentavam a respeito. Eu como não tinha ninguém e nem preferia ter, fui andando logo atrás do professor, que ia falando e dando instruções aqui e ali.
Eu só conseguia ver o quanto aquilo era lindo e por mais que não fosse a primeira vez que eu estava ali, ainda era esplêndido, como se fosse a primeira vez.

O local era tão grande e tão verde, que eu ia fotogrando a medida que via algo legal, bonito e chamativo. Havia um espaço enorme, coberto por uma... como posso dizer? Uma cúpula, e mais a frente, havia um estágio de futsal, onde aconteciam os jogos, e arquibancadas. Havia um viaduto que passava por cima de uma das ruas, e que era o mesmo que iríamos atravessar.
Haviam ruas, algumas tendas e áreas florestais, com árvores altas e pontiagudas e também tinha várias áreas pequenas, que eram atrações para alguns esportes como tênis, quadras de vôlei e dentre outros.

Eu achava aquilo o máximo e era a atração principal do Millenium. O local estava cheio de visitantes que passavam por todos os lugares possíveis, e que mal consiguíamos nos locomover sem trombarmos um
no outro. Começamos a passar pelo viaduto e eu olhei lá para baixo, sentindo meu coração acelerado.

Eu fotografei aquele momento, enquanto via os carros passando tranquilamente lá em baixo.

- Isso é o máximo! - Ouvi alguém dizer. Eu concordei na minha cabeça.

- Rebeca, você pode tirar uma foto nossa? - Uma garota perguntou. Seu nome era Drica e ela era uma das meninas que sempre tirava nota baixa. Do grupinho de Tother.

- Você pode? - Tother perguntou. Depois daquele dia, ela nunca mais ousou falar comigo.

Eu encarei as duas e dei as costas, sabendo que não valia a pena eu respondê-las. Não valia a pena, até porque, eu ia jogar na sua cara tudo que ela fez comigo, mas eu me contive.
Continuei andando e elas logo atrás de mim.

- Rebeca, por favor...- Ela continuou murmurando e minha paciência acabando.

- Por que você não compra uma câmera pra você? - Me virei para ela e disse. - Depois daquele dia, você não merece mais nem minha atenção e eu não vou gastar saliva com você! Se vira...- Dei de costas e continuei.

Percebo que ela parou, mas não disse nada. Quando chegamos ao outro lado do viaduto vimos o Bien. Sim, eu acabei esquecendo. O Bien ficava naquela área ali, num espaço só para ele mesmo, no centro do parque. Era chamativo e havia centenas de pessoas tirando fotos e admirando a arquitetura.

- Ali é a Rebeca Garcia? Irmã do Alex? - Eu escutei uma mulher dizendo. Eu arregalei os olhos e duas delas vieram correndo na minha direção, me direcionando perguntas e eu sem saber o que responder. - Ele é tão bonito quanto aparenta ser? Qual o número do calçado que ele calça? Se eu comprar um presente pra ele, você entrega?

- Ai, calma gente...- Murmurei. - Eu estou a passeio, poderiam me deixar curtir um momento? Mais tarde eu respondo suas perguntas.

- Claro que sim. - As duas se entreolharam e sorriram.

Eu achei que pararia por aí, mas quando me reconheceram, vieram tirar minha paz, perguntando se eu podia passar o número do meu irmão, se eu podia falar se ele tinha namorada... dentre outras tantas perguntas.
Eu estava sufocada.

Como Consertar Meu Coração.Onde histórias criam vida. Descubra agora