Dúvida.
Substantivo feminino
1.
Incerteza entre confirmar negar um julgamento ou a realidade de um fato.
2.
Hesitação entre opiniões diversas ou várias possibilidades de ação.
3.
Falta de crença; ceticismo.
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P.O.V Demetria / Finalmente / olha só / Vamos ver mais um lado da história.
[11:48 a.m.]
Eu estava no final de mais um julgamento, mas eu não conseguia me concentrar de jeito nenhum no que estava acontecendo naquele tribunal.
Quem eu estava julgando mesmo?
Bom... Eu não sei. E seja lá quem for, acabou de ganhar doze anos de prisão preventiva. E eu continuava sem entender o turbilhão de pensamentos que se passavam em minha cabeça.
O detento foi levado para longe do tribunal, a sessão tinha acabado de ser encerrada com o habitual som do martelo se chocando contra a superficie macissa da pequena base de madeira e as pessoas começaram a se disperçar, saindo aos poucos dali.
Minha cabeça estava dolorida, então dei o meu máximo para passar despercebida quando sai do tribunal, caminhei a passos largos pelos corredores até encotrar uma sala desocupada e entrei, ela não era a minha sala, mas era perfeita para quem pretendia se esconder, então preferi nem acender a luz. Eu só queria fugir dos meus problemas mas eles continuavam me alcançando com uma facilidade ridícula.
E notei mais uma vez isso quando a porta do cômodo rangue, eu estava ali justamente para que ninguém me atrapalhasse e mesmo assim alguém sempre me encontrava.
E eu esperava do fundo do meu coração que não fosse a funcionária nova.
A mulher é louca, uma perfeita dissimulada que vive me perseguindo pelos cantos do tribunal.
A porta se abriu um pouco mais e um desespero ridículo fez o meu coração disparar.
Que não seja ela.
Que não seja ela.
Que não seja ela.
Que não seja ela.
Me encostei na mesa apenas por instinto e a sala se iluminou quando a porta terminou de abrir e a luz foi ligada.
A silhueta de uma latina surgiu a minha frente e ela estava vestida em uma camisa social branca que tinha duas das suas abotuaduras abertas, acompanhada de uma saia lápis preta, salto alto e um coque perfeitamente alinhado no topo da sua cabeça.
- Olá, Meritíssima. - Selena sorriu maliciosa. - Pensou que conseguiria fugir de mim?
- Era a intenção. - murmurei me sentando na cadeira que ficava logo atrás da mesa larga. - Você não tem outra pessoa pra infernizar? - questionei observando a latina que mais uma vez estava abarrotada de papéis em suas mãos. - Você não pode procurar outra pessoa para sanar as suas dúvidas?
- Por que eu tiraria as minha dúvidas com outra pessoa se eu trabalho para uma juíza de segunda instância? Juíza essa a qual eu estudei a vida toda para trabalhar ao lado. - disse com olhar duro voltado para mim, e isso a deixava ainda mais sexy.
Inferno de latina!
- A sua sorte é que você conseguiu esse cargo mediante a um concurso. - semicerrei os olhos em sua direção e ela sorriu sapeca apertando os papéis contra si.
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E se o Destino te desse Outra Chance? - TOM KAULITZ
Spiritual(continuação de "E se eu Partir? - Tom Kaulitz") E se presses feitas à uma fonte de desejos pudessem se tornar realidade, e por um erro do destino você voltasse pra mim?