Êxtase
Substantivo masculino
1.
Estado de quem se encontra como que transportado para fora de si e do mundo sensível, por efeito de exaltação mística ou de sentimentos muito intensos e alegria, prazer, admiração, temor reverente.
etc/
Acordei com Dallas se remexendo inquieta ao meu lado, puxei o seu corpo para perto do meu e a abracei, sua pele estava quente e suada, e o seu peito subia e descia muito rápido.
Abri os meus olhos para olha-la e ela estava encolhidinha como se sentisse dor e gemia baixinho.
- O que está sentindo, Cariño? - questionei me sentando e a puxei para o meu colo com cuidado. - Você está com dor?
A menor balançou a cabeça devagar sinalizando um sim. Me levantei com ela ainda encolhida em meus braços, entrei no closet, peguei uma roupa para me vestir e fui para o quarto de Dallas.
A sentei na cama e peguei uma roupa mais confortável para que ela vestisse, tirei o vestidinho que ela estava usando e coloquei um conjuntinho de short e blusa em seu corpo, calcei os seus pés e amarrei o seu cabelo em um rabo de cavalo.
Depois troquei de roupa também, e isso eu tive que fazer bem rápido, porque segundos depois que eu me afastei de Dallas ela começou a chorar, e não era qualquer choro, era àqueles altos e sôfregos que partiam o coração de qualquer Pai em milhares de pedacinhos.
- Está doendo, Papai. - murmurou baixinho estendendo os braços para que eu a pegasse.
- Oh, meu amor. - abotoei a minha camiseta e a peguei no colo. - Vamos cuidar disso. - Falei saindo do quarto com ela e fechei a porta.
Desci as escadas tomando cuidado para não cair, destranquei a porta da mansão e saimos a trancando logo em seguida.
Dallas chorou durante todo o caminho até o hospital por ter que ir na cadeirinha. Era sempre assim, se ela acordava mal a única coisa que a acalmava era um colo, mas não era qualquer colo, raramente ela aceitava alguém que não fosse eu ou Demetria, porque Dallas é uma criança tímida e reservada.
Chegamos ao hospital quinze minutos depois, o médico me informou que era apenas uma virose e que ela teria que tomar soro na veia e uma medicação. O que não foi la a melhor idéia, tendo em vista que Dallas tem um medo grotesco de agulhas.
Minha filha chorou quando recebeu a primeira picada errada e eu me desesperei, queria empurrar aquela infermeira maldita que errou a veia do meu bebê umas três vezes, mas ao invés de fazer isso eu só chorei, eu não conseguia vê-la chorar assim e não chorar também, então eu chorei como um bebê.
A paternidade havia despertado um lado meu, o qual era extremamente sentimental e frouxo.
- Chame uma infermeira decente para fazer isso. - esbrajei abraçando Dallas que chorava sem parar. - Está tudo bem, meu amor, ela não vai mais machucar você. - murmurei a ninando e beijei o topo da sua cabeça.
Minutos depois uma outra infermeira entrou no quarto em que estavamos, e quando ela finalmente acertou a veia da menor eu suspirei aliviado, o rostinho de Dallas estava vermelho e totalmente banhado pelas lágrimas enquanto ela soluçava baixinho.
Reclinei a cadeira retrátil e ela deitou sobre mim tomando cuidado para que o Scalp não saísse do seu braço e só depois de muitos minutos ela dormiu.
Eu nem consegui ir trabalhar, passamos o dia no hospital, Dallas fez diversos exames depois de tomar o soro e eu não queria deixa-los para depois.
Quando chegamos em casa ja era seis e vinte e quatro da noite, foi um dia cansativo e eu não estava nem um pouco disposto a comer sanduíches frios, eu não sabia cozinhar, e por infelicidade do destino a minha cozinheira estava de férias.
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E se o Destino te desse Outra Chance? - TOM KAULITZ
Espiritual(continuação de "E se eu Partir? - Tom Kaulitz") E se presses feitas à uma fonte de desejos pudessem se tornar realidade, e por um erro do destino você voltasse pra mim?