Merda
Substantivo feminino
1.
matéria fecal; excremento, fezes.2.
acúmulo de lixo, de sujeira; imundícia, porcaria, sujidade.3.
coisa desprezível, insignificante, ruim, sem valor; porcaria.4.
situação difícil; ruína, miséria. 5.5.
Pessoa insignificante, que não presta para coisa alguma.6.
exprime raiva, desprezo, decepção, indignação etc.~
P.O.V Tom
Eu estava guiando a loira para o nosso quarto quando ela parou de uma vez me fazendo parar também. Olhei para trás ela estava com uma das mãos na cintura e os olhos cerrados na minha direção.
- Dallas não levou meu celular. - disse soltando a minha mão e deu um passo até mim me fazendo recuar dois. - Ela foi dormindo para a casa da sua mãe.
- Foi? - questionei nervoso dando largas passadas para trás. - Eu não lembro.
- Ha, lembra sim. - disse caminhando lentamente até mim e eu continuaria recuando se não tivesse me chocado contra a parede.
- Você está cuidando tão bem do seu corpo, Pequena. Está ainda mais bonito que antes. - desconversei.
- Não tente mudar de assunto. - sussurrou espalmando as mãos ao lado da minha cabeça. - Por que está fazendo isso? - perguntou pausadamente me apertando ainda mais contra a parede.
- Está machucando, amor. - murmurei tentando afasta-la e Dafne sedeu um pouco mais de espaço para mim.
O rosto da loira estava avermelhado e a sua respiração descompassada batia contra o meu rosto aquecendo o local atingido. - Responda! - gritou
-Eu vi as mensagens no seu celular. - sussurrei tentando me soltar. - Eu vi as ligações e sei que você está me traindo!
- Que palhaçada é essa, Tom? - disse alto.
- Eu é que tenho que perguntar isso, Loise. - esbravejei a tirando de perto de mim. - Você acha que sou um imbecil? Que eu não ia perceber?
- Você me julga demais pelos seus próprios erros. - disse dando as costas para mim.- EU NÃO FIZ NADA.
- Onde você pensa que vai?
-Eu vou me vestir, e vou para a casa da minha irmã. - disse alto entrando no quarto.
- Isso, Dafne. Vai correndo para debaixo da asa da Demetria como você faz toda vez. - Gritei entrando no quarto também. - Aproveita e fica por lá.
A loira parou o que estava fazendo e me olhou por sobre o ombro, Dafne estava com raiva, isso não era bom. Nem um pouco. - É isso o que você quer? - Questionou.
- Pequena...
- Responda, é isso o que você quer?
Ela nem ao menos esperou que eu respondesse e entrou no closet saindo de la de calcinha, com uma camiseta e uma calça na mão. Não demorou muito para que ela se vestisse e menos ainda para que ela revirasse o quarto procurando as chaves do carro dela.
- Onde está a chave do meu carro?! - perguntou abrindo as gavetas do criado mudo ao lado da cama e eu coloquei as minhas mãos para trás em um claro sinal de nervosismo.
- Eu guardei no cofre...
- Me dê. - disse ficando de frente para mim. - Me dê o meu celular também.
-Não, você não vai sair assim. - murmurei trancando a porta do quarto e guardei a chave na prateleira ao lado da televisão. Dafne não me olhou, apenas se deitou de bruços sobre a cama enquanto escondia o rosto e tentava inutilmente abafar o choro com o travesseiro. - Pequena...
-Eu nunca trairia você, Tom. - disse com a voz abafada. - Você foi a única pessoa na minha vida por mais de dez anos e VOCÊ não tinha o mínimo direito de desconfiar de mim.
- As mensagens no seu celular... Elas...
- Pega a merda do celular e lê essa porra direito! - disse entredentes virando a cabeca para o lado contrário ao que eu estava.
Eu não tive coragem de pegar o celular, eu sou a covarde.
Minutos depois Dafne se levantou, seu rosto estava amassado e o cabelo bagunçado, mas ela logo tratou de enrola-lo em um coque. A loira caminho até o cofre e o abriu tirando as chaves. o celular e dinheiro de lá.
Muito dinheiro.
- Eu juro que só não vou embora dessa casa agora por causa da Dallas. - alegou caminhando até mim e colocou o celular na prateleira em que a chave estava, o deixando no lugar dela. - Pensei que você tivesse mudado, mas vejo que continua o mesmo homem arrogante de sempre.
- O que você está fazendo? - Questionei segurando o seu pulso antes que ela enfiasse a chave na fechadura.
- Me larga, Tom. - pediu puxando o braço.
- Você está terminando comigo, Pequena? - perguntei acanhado me encostando na porta e prendendo a sua cintura.
- Eu só preciso de um tempo. - murmurou. - Estou cansada disso. Todos os dias é a mesma coisa, quando na verdade quem errou foi você, não eu.
- Me desculpe.
- Por que você faz isso? - sussurrou. - Nós estávamos bem, Tommy. Não estava bom pra você?
- Desculpa. Eu só estou... inseguro. - murmurei a apertando um pouco mais contra mim. - Eu amo você, Pequena. Não quero ficar sem você.
- Então pare com isso. É chato e cansativo ter que lidar com essa situação todos os dias.
- Você vai ficar aqui?
- Não. Eu realmente prefiro dormir na casa daminha irmã hoje. - Disse se libertando dos meus braços e finalmente abriu a porta saindo sem nem olhar para trás.
Okay, foi eu quem pedi por isso.
O celular de Dafne continuou no mesmo lugar e eu não me atrevi a mexer nele. Dei meia volta sobre os meus calcanhares e caminhei em direção ao banheiro, decidido a ir buscar a minha esposa assim que saísse do banho.
P.O.V Dafne
- De onde você está vindo? - Questionou assim que ela entrou no carro e fechou a porta.
- De casa. - murmurei engatando a marcha e acelerei me distanciando do apartamento.
- O que o Tom disse sobre você passar vinte e quatro horas fora de casa?
- Ele não sabe. - confessei olhando para a mulher que sorriu fraco pra mim através do retrovisor.
- Você tem certeza de que quer fazer isso? - questionou incerta e eu soltei a marcha para segurar a sua mão.
-Absoluta. - respondi.
- Pensei que você fosse desistir. - murmurou baixinho tocando a pulseira do meu relógio. - Eu esperei você ontem, mandei até mensagem achando que tinha esquecido.
- Eu disse para não me mandar mensagem. - a olhei de canto de olho e soltei a sua mão para passar a marcha. - Tom viu e fez um escândalo hoje.
- Desculpa, Daf.
- Está tudo bem, você não teve culpa. Dessa vez. - passei a marcha e freiei quando o sinal ficou vermelho. - Foi melhor assim, pelo menos eu vou ter mais tempo.
- Onde você disse a ele que ia?
- Falei que ia dormir na casa da Demi. - murmurei baixo, não me orgulhava de estar mentindo para o meu esposo.
- E se ele for lá?
- Provavelmente será o fim do meu casamento... - Aleguei. - Mas não se preocupe, eu realmente acho que estar aqui é mais importante que pensar nisso.
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E se o Destino te desse Outra Chance? - TOM KAULITZ
Spiritual(continuação de "E se eu Partir? - Tom Kaulitz") E se presses feitas à uma fonte de desejos pudessem se tornar realidade, e por um erro do destino você voltasse pra mim?