Saudade.

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Saudade

Substantivo feminino


Sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar, ou à ausência de experiências prazerosas já vividas.

~

P.O.V Tom

- O corpo de Dafne não estava no caixão e eu achei isso lá.

Franzi o cenho para a morena e peguei a moeda da sua mão. - Por que você colocou uma moeda no caixão da Pequena? Aliás, por que você abriu o caixão?

- Eu juro que não coloquei nada além de Dafne la. Mas olha, eu tenho plena certeza que a minha irmã estava na porra daquele caixão. - Demetria uniu as mãos, apoiando os cotovelos nas pernas. - Eu não estou louca, Tom. - descansou a cabeça sobre os punhos e encarou a lareira. - Onde você enfiou os quadros de Dafne?

- Eu tive que tira-los... - A morena semicerrou os olhos na minha direção pronta para falar algo mas eu não deixei. - Ela vem aqui amanhã, seria estranho se ela visse os quadros.

- Entendi. - murmurou. - Enfim...

- Sim?

- Seja o que for, está muito errado. - Demetria diminuiu o tom de voz quando Dallas foi até onde estávamos. - Conversamos sobre isso depois.

Finalizou.

Minha filha sentou-se ao lado da morena e me encarou por um curto espaço de tempo. - Minha moeda. - Dallas se pronunciou sorrindo.

- Não, Cariño. - neguei com a cabeça.

- Sim, Papai. - Dallas se levantou, foi até onde eu estava e pulou tentando de forma frustrada pegar a moeda da minha mão. - Tem um bichinho, foi a moça da floricultura que me deu. - afirmou.

Eu girei a moeda para o lado contrário e realmente havia um bicho nela, para ser mais exato era uma especie de dragão, Demetria me olhou encabulada e também se levantou tomando a relíquia da minha mão. A morena sorriu, guardou a moeda dourada no bolso, se abaixou para ficar na altura de Dallas e a puxou pela cintura em um abraço frouxo.

- A madrinha já disse que ama você, hoje? - questionou sorrindo largo.

Dallas olhou para a própria mão contando os dedos. - Sim. - ergueu a mãozinha diante dos olhos de Demetria sinalizando um "três" e encarou a morena. - Esse tanto, madrinha.

A mais velha gargalhou baixinho e puxou um dos dedos de Dallas para cima formando um "quatro". - Agora é esse tanto. - beijou a bochecha da menor. - Eu amo você, bebê.

- Eu não sou mais um bebê.

~ Lembrança on

-Eu tenho alergia a menta. - falei baixo para Natasha, sentindo a minha garganta se contrair.

-Eu não sabia. - A ruiva deu de ombros e voltou a comer.

Depois de alguns minutos o meu ar começou a faltar e o meu rosto estava coçando muito.

-Não, Demi. Me solta. - Vi Dafne parar na minha frente com uma garrafinha e um comprimido, tendo Demetria logo atrás dela me olhando com raiva.

Aceitei de bom grado e o engoli com dificuldade. Dafne sempre tinha os meus remédios na bolsa e pelo visto ela nunca os tirou de lá.

Quando eu finalmente comecei a respirar normalmente eu sorri para a loira que sorriu também. - Obrigado.

Dafne iria falar algo mas Demetria a segurou pela cintura. - Eu vou prende-la em uma gaiola. - brincou. - Você não pode viver tentando ser a salvadora da pátria e me deixar falando sozinha. - olhou com uma cara engraçada para para a irmã. - Você não terminou o seu sorvete.

E se o Destino te desse Outra Chance? - TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora