Último.

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[8 MESES DEPOIS]




Desci do carro depois de um dia cansativo na empresa. Estranhei o silêncio que me atingiu quando abri a porta principal da mansão, e estranhei ainda mais o fato de não estar ouvindo os passinhos apressados de Dallas pela casa, ou o barulho das xícaras de chá que ela e Dafne tomavam a essa hora.

- Amor? - Chamei, trancando a porta e descartando a minha maleta sobre o sofá. - pequena? - Chamei mais uma vez, rumando em direção a cozinha.

A risada baixa de Dallas, finalmente, se tornou audível e a luz da geladeira aberta me guiou até as duas mulheres da minha vida, que estavam próximas dela. - Eu não acredito que estão fazendo isso. - Levei as duas mãos até a cintura ao constatar que Dafne e Dallas estavam sentadas no chão, e se empanturrar de bolo de festa.

- Oi, Papai. - A menor saudou. Seu rostinho estava repleto de glacé e as mãozinhas seguravam um pedaço do doce, que eu tinha plena certeza de que nem caberia em sua boca.

- Oi, amor. - Dafne disse baixo, puxando a minha mão para que eu me juntasse a elas.

Fechei a porta da geladeira, ajeitei a minha calça e me sentei logo atrás da loira, que relaxou o corpo sobre o meu. - Como vocês estão?

-Com dor nas costas. - Minha esposa resmungou, repousando as duas mãos sobre a barriga redondinha, que estava exposta pela falta de uma camiseta ali. - Os gêmeos estão agitados hoje, não me deram nem um segundo de descanso, Tommy.

- E por que está sentada no chão e não deitada na cama? - Questionei, assistindo a pequena a nossa frente se levantar e caminhar em nossa direção, sentando-se de frente para a barriga da loira.

- Meus irmãozinhos querem brincar, Papai. - Dallas balbuciou em meio a um bocejo, abraçando a barriga de Dafne e lambuzando-a com o glacé esverdeado. - Por que não deixa eles saírem? Eles estão tão apertadinhos ai dentro, Maman.

-Não é fácil assim, querida. - A loira respondeu risonha, deitando a cabeça em meu ombro e afagando o cabelo solto da menor, que relaxou sobre si. - Como foi na empresa?

- Cansativo. - Acariciei o seu rosto. - Eu estava contando as horas para voltar logo pra cá. - Beijei o topo da cabeleira dourada. - Imaginei mil e uma maneiras de você entrando em trabalho de parto sozinha, fiquei desesperado e vim.

-Eu disse para não se preocupar com… - Dafne parou de falar ao olhar para baixo ao ouvir Dallas ronronando. - Já? - Sussurrou, desacreditada. - É incrível como ela consegue dormir tão facilmente. - Soltou uma risada nasal. - Agora vai ter que acordar para tomar banho.

-Poderíamos usar a banheira hoje, também estou precisando de um banho. - Sugeri. - E posso aproveitar para fazer uma massagem em você….

- Vou dizer pra você onde eu quero essa massagem. - Sussurrou maliciosa.

- As crianças estão ouvindo as suas depravações. -Me levantei, tomando cuidado para não machucar a loira, peguei o que sobrou do bolo, guardei na geladeira e me abaixei para, logo em seguida, pegar a nossa filha no colo.

-Eu vou colocar ela no quarto e volto para te ajudar a levantar.

- Não precisa. - Dafne balbuciou, apoiando as duas mãos no chão e impulsionando o corpo para cima. -Viu só? Eu consigo. - Murmurou, indo até mim e selando nossos lábios. - Vamos tomar banho.

Aproveitei que Dallas estava me abraçando pelo pescoço e entrelacei os meus dedos aos da minha esposa, segurando a menor com apenas um dos braços. -Eu passei no restaurando, pela manhã. - Informei, caminhando calmamente pela casa.

E se o Destino te desse Outra Chance? - TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora