Cuidado
Adjetivo
1.
Submetido a rigorosa análise; meditado, pensado.
2.
Que foi ou é objeto de tratamento especial, zelo, bom trato; tratado.
~
P.O.V Tom
No dia seguinte eu deixei Dallas na casa da minha mãe, ela morava perto da escola da menor e não teria problemas em leva-la e busca-la. Garanti a Dallas que seria só por um dia e que eu logo voltaria para pega-la na manhã seguinte.
Dallas não poderia ir ao aniversário de Demetria por ser algo apenas para "adultos", se é que me entendem. Depois de deixa-la em segurança na casa minha mãe eu fui trabalhar, almocei na empresa mesmo e quando a noite chegou e fui para casa, dormi até as dez horas da noite e só então eu me arrumei para o tal aniversário, uma blusa larga preta, uma calça jeans minimamente rasgada no joelho e coloquei um jaqueta de couro. Calei o tênis, deixei o meu cabelo solto e passei perfume. Tentei ligar para Dafne mas desisti antes mesmo de discar o seu número, era claro que ela não iria comigo. Recolhi o presente, sai de casa, peguei o carro na garagem e fui para a casa da juiza que ficava no outro extremo da cidade.
Quando cheguei os meus ouvidos foram invadidos pela música alta e me perguntei o que diabos eu estava fazendo ali, sendo que eu poderia ter ficado em casa, deitado em posição fetal no canto escuro do meu quarto e definhar em lágrimas até a morte.
Há, lembrei. Eu fui por causa da Dafne.
- Finalmente você chegou. - Demetria disse se aproximando de mim com um copo em mãos quando eu entrei.
- Feliz aniversário. - Falei alto por conta música e entreguei o presente para a morena que me abraçou agradecida.
E bendita seja a hora em que ela me abraçou. De onde estávamos eu consegui ver Dafne no extenso sofá negro no canto da sala conversando animadamente com Selena.
Ela estava tão bonita, um vestido preto se estendia pelas suas pernas acompanhada de um casaco na mesma cor, seus cabelos estavam soltos e um salto cobria os seus pés.
- Merda, olha como ela está linda. - sussurrei soltando Demi e a morena riu baixinho.
- Há, você ja encontrou a Dafne. - murmurou olhando por sobre o ombro para a morena. - Você vai precisar ser calmo como um monge hoje, Tom. Dafne está bebendo, e bom… você sabe. - concluiu dando alguns tapinhas no meu ombro.
- Por que está dizendo isso?
- Você não foi a única pessoa que viu Dafne. - disse solvendo um pouco da bebida em suas mãos. - Eu tenho que ir. Sinta-se a vontade.
Acenei com a cabeça e ela se infiltrou no meio das pessoas que dançavam e bebiam pelos cantos da casa. Respirei fundo umas doze vezes, meu rosto estava quente por conta do rubor da raiva que as palavras da Demetria me causaram, mas mesmo assim eu saí meu breve estado de "ponto morto" e caminhei até o sofá em que Dafne estava.
Haviam muitas pessoas na sala, o que acabou dificultando a minha passagem mas eu continuei o meu caminho e parei ao lado da morena. A primeira pessoa que notou a minha miserável presença foi Selena que sorriu e acenou na minha direção. Só depois Dafne me viu, assim como Demetria ela estava com um copo na mão e o líquido colorido que havia nele chacoalhou quando ela se levantou e estendeu os braços para me abraçar.
Tomei a sua cintura em um abraço apertado e aproveitei para inalar o cheiro adocicado do seu perfume.
- Boa noite, Pequena. - sussurrei ainda abraçada a sua cintura. Eu não queria solta-la, e se ela não tivesse impulsionado o corpo para trás eu teria ficado assim pelo resto a noite.
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E se o Destino te desse Outra Chance? - TOM KAULITZ
Espiritual(continuação de "E se eu Partir? - Tom Kaulitz") E se presses feitas à uma fonte de desejos pudessem se tornar realidade, e por um erro do destino você voltasse pra mim?