Cortejar.

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Cortejar 

Verbo

1.

Tratar (alguém) delicadamente, com cortesia, educação.

2.

Fazer a corte a (mulher); lisonjear, galantear.

~

P.O.V Tom

Acordei com o rosto de Dafne enterrado no vão pescoço. A morena respirava calmamente e as lufadas de ar que saíam do seu nariz me causavam arrepios. Olhei para baixo apenas para constar que o seu braço estava repousado sobre a minha cintura e a sua perna cobria o meu quadril e sorri com a cena.

Envolvi Dafne com o meu braço livre a trazendo para mais perto de mim - se é que era possível - e distribui beijos pelo seu rosto - correndo o risco de levar uns belos tapas - na intenção de acorda-la.

Dafne resmungou baixinho, se remexeu inquieta sobre mim e segurou o meu rosto com uma das suas mãos.

- Por favor, Tommy. - Sussurrou com uma irritação que ao meu ver era a coisa mais fofa do mundo. - Eu quero dormir mais um pouquinho.

- Você me chamou de Tommy. - falei sorrindo feito um bobo. - Eu gosto quando me chama de Tommy. - afirmei acariciando as suas costas. - Pequena?

- Sim?

- Sobre o divórcio... - prendi um pouco o ar. Eu tinha medo das suas respostas. - Você não pode repensar?

- Já falamos sobre isso, Tom. Minha decisão ja foi tomada. - disse se sentando na cama e estava prestes a levantar quando eu segurei a sua mão.

- Não vai agora. Por favor. - pedi sentando sobre os meus joelhos.

- Eu infelizmente tenho que ir trabalhar. murmurou coçando os olhos com a mão livre e olhou para o relógio. - Acho que estou um pouco atrasada. - riu baixinho.

- Eu vou acordar Dallas para ir a escola. - informei me aproximando um pouco mais da morena. - Eu te levo.

- Eu não quero incomodar.

- A única coisa que está me incomodando é a sua decisão sobre o divórcio. - sussurrei triste.

- Tommy...

- Eu sei. - mordi o interior das minhas bochechas. - Eu ainda amo você. E não vou desistir de nós.

Dafne iria responder algo. Eu sabia que não seria um "Eu amo você" ou "Eu vou desistir do divórcio", então eu agi como o adulto sério e seguro de si que sou e sai correndo dali sem lhe dar a mínima chance de dizer algo.

Entrei no quarto de Dallas ainda no embalo da corrida e acabei escorregando em um dos seus carrinhos, caindo de costas no chão e por sorte eu não bati a cabeça.

- Por que eu dei carrinhos para essa garota? - questionei retoricamente comigo mesmo cobrindo o rosto com as mãos.

Olhei para a cama menor a ela estava com a cabeça pendendo para fora da cama me encarando.

- Porque eu gosto de carrinhos. - sorriu exibindo a fenda do dente arrancado a pouco tempo.

- Vem aqui. - chamei a ela rolou na cama até a beirada e sentou com dificuldade por conta da altura do móvel. Eu ri alto das suas perninhas balançando enquanto ela tentava inutilmente alcançar o chão e bufava frustrada. - Ai, meu Deus. - prendi o lábio inferior entre os dentes. - O papai vai compar uma escadinha pra você, bebê. - falei me sentando no chão e impulsionei o meu corpo para cima.

E se o Destino te desse Outra Chance? - TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora