CAPÍTULO 43

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- Ele é o meu irmão! - O homem repete e então arqueio uma sobrancelha curiosa com o fato

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- Ele é o meu irmão! - O homem repete e então arqueio uma sobrancelha curiosa com o fato.

- E mais o que? - Questiono e o homem puxa o ar como se isso o preocupasse muito.

- Se eu lhe falar, quero me ajude. Não posso ser preso.

- Entendo! Como eu falei, ficar preso ou não dependerá do que sabe e o quanto isso pode me ajudar. Está disposto a cooperar comigo? - Indago e ele assente. Direciono a cadeira e então ele segue para onde estava, sentando-se e eu faço o mesmo. - Fique à vontade para começar. - O homem se ajeita um pouco incomodado, mas logo começa a falar.

- Eu era filho único até os meus nove anos, quando meus pais decidiram trazer Broker para casa. Ele tinha três anos de idade e era uma criança muito chorona. Minha mãe queria ter mais filhos, mas não podia mais engravidar. Um dia, ela e meu pai saíram e voltaram com ele. - Fala, mas faz uma pausa. - Crescemos tendo tudo dividido, mas chegou numa época em que meus pais davam mais para ele do que para mim.

- Mais do que?

- De tudo! Atenção, cuidado, carinho, amor, presentes... tudo que um pai poderia dar a um filho, ele recebia dobrado. Aquilo já estava me irritando e fiquei muito satisfeito quando meu pai me mandou para cá, para estudar o que eu queria. Fiquei longe de tudo e todos, principalmente daquele que havia roubado toda atenção da minha família, que deveria ser apenas minha.

- Tinha inveja do seu irmão adotivo.

- Inveja não, ciúme com certeza! - Fala e um sorriso fraco se faz em seu rosto. - Por muitas vezes, tentei me aproximar dos meus pais, mas eles sempre tinham alguma coisa relacionado ao Broker para fazer. Foi assim por anos. Um dia soube que ele havia saído de casa, para viver a vida que escolheu para si. Meu irmão queria ser um policial e minha mãe não aceitava. Disse que era muito perigoso e que poderia ser muito ruim para o filhinho dela.

- E o que aconteceu?

- Ele entrou assim mesmo , contrariando-a. Eu adorei! - O homem fala com um sorriso de satisfação no rosto.

- Continue! Como ele se saiu na polícia?

- Como já esperava. Broker começou a fazer umas coisas erradas e recebeu muitas denúncias de pessoas que diziam que ele estava abusando da autoridade policial, mas suas ameaças contínuas foram calando a todos. Até descobri que ele, juntamente com um outro policial, havia feito algo muito bárbaro. Eles mataram uma mulher, após tê-la espancado e estuprado na frente do filho. Depois desse dia, ele nunca mais voltou para a polícia e sumiu do mapa. Contei para minha mãe que havia ouvido rumores sobre isso e ela não acreditou em mim. Isso me irritou demais, pois mesmo com as mãos sujas, o filho da puta ainda tinha a confiança deles.

- E por que você não o denunciou? - Pergunto, mas o homem bufa.

- E me colocar em risco? Não mesmo! Até por que, naquela época, eu tinha apenas o que ouvi dizer pelo local, mas não havia qualquer prova. Até que consegui contratar um detetive que conseguiu muitas coisas interessantes do caso. Havia fotos do corpo da mulher sendo desenterrado do próprio quintal e jogado em outro lugar, pelo agora delegado de polícia, que também foi um dos seus carrascos. - Minha mente remete ao que Alexander falou acerca do que havia descoberto sobre o delegado britânico.

PRINCE CARTER (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora