Cap. 37: De volta ao princípio - Parte II

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"Nada nos prepara para as pancadas que a vida nos dá, de repente a esperança é tudo que temos, e nos agarramos a ela como um náufrago se agarra a um salva
vidas no meio do mar."


MUDANÇAS

- Gente eu sei que todos estão preocupados, mas preciso levar ela para a clínica! Julia precisou falar mais alto, não era de seu feitio mas todos estavam exaltados e naquele momento se fazia necessário a calma ou aquilo viraria uma calamidade. - Chico me dá a chave do seu carro, você fica aqui com Richard, tentem descobrir o que houve com Florência e Artemio. Fidélio não é? Júlia apontou para o amigo de Hélia.
- Sim Fidélio ao seu dispor!
- Certo, depois nos apresentamos formalmente. Você e Helia seguem até a casa de Otávio com o segurança dela e Janete vem comigo para segurar Santa Maria no banco de trás!
- Mas eu não posso deixar Santa Maria sozinha! Richard tentou argumentar.
- Você é mais útil aqui procurando seu filho! Julia foi firme.
- Mas e eu?! Armon ficou meio atordoado com a agitação de Júlia.
- Já ia chegar em você. Você vá a delegacia, procure o investigador Serafim, ele saberá lidar melhor com toda essa situação!
- Mas... Janete ousou dizer.
- Sem mais Janete, sua irmã precisa ir para a clínica e ficarmos todos feito barata tonta atrás dela lá não vai ajudar em nada, eu cuido dela e o resto de vocês cuida de encontrar os desaparecidos!

Não havia como discutir, e assim todos fizeram o que Julia tinha ordenado.

》》》

Deodora não olhou para trás, apenas seguiu seu caminho, o serviço estava feito era o que importava.

- Otto! A voz da assassina soou impaciente ao telefone. - Estou tentando falar com você tem cerca de quinze minutos!
- Onde você está? O homem perguntou entre dentes. - Nosso pai está a sua procura, quando voltou ao Brasil?
- Estou num orelhão na beira da estrada. Voltei essa manhã, não podia mais esperar o tempo imposto por aquele grupo!
- Porque não veio me procurar?
- Precisava terminar alguns serviços!
- Do que você está falando Deodora?
- Não importa agora. Apenas liguei para dizer que JP Castilho não é mais um impecilho na sua vida!
- Como assim?
- Passei por cima dele com meu carro a alguns minutos, o caminho está livre, pode ir buscar sua mulher. Embora eu ainda ache isso uma perda de tempo!
- O que você acha ou deixa de achar não me importa, Helia é minha e ponto final!
- Que seja, se quer criar o filho dos outros o problema é seu. Tenho mais um serviço para concluir aqui, depois volto para a Espanha, isso é um adeus meu irmão, está por conta própria agora!
- Deodora, do que você está falando?
- Que já cumpri com minha parte, tirei aquele homem do seu caminho, agora vou cuidar das minhas coisas e depois volto pra Espanha. Otto, você vai sequestrar sua ex mulher, você acha mesmo que poderá voltar a Espanha? La seria o primeiro lugar que a polícia iria te procurar e a família dela também. Você terá que fugir, viver se escondendo e é melhor que nem eu saiba para onde você vai meu irmão!
- Espera Deodora...
- Adeus Otto e boa sorte!
- Deodora não...

Era tarde demais, ela já havia desligado o telefone e agora Otto estava sozinho, pelo menos até ter Helia de volta em seus braços. Precisava ir atrás dela, mas com JP fora de seu caminho isso seria fácil, Fidélio não tinha culhoes para o enfrentar, Helia seria sua outra vez.

Deodora não olhou para trás e esse foi o seu erro.

Quinze minutos antes...

- Padrinho! JP gritou do outro lado da rua acenando para Aristides que seguia pela calçada oposta.
- JP!!! Aristides acenou de volta enquanto via seu afilhado atravessar a rua e ser atropelado por um carro em alta velocidade. - Nãooooooooo! Seu grito ecoou pela rua.

Aristides que ia para a escola de dança encontrar Eva e as netas correu até o corpo de seu afilhado caído no chão. Grossas gotas de chuva começavam a cair enquanto o ex mordomo gritava para que os transeuntes chamassem uma ambulância.

Paralelas do Destino - FinalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora