Cap. 4: Historias Cruzadas

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... Três vidas diferentes... três mulheres distintas uma da outra... que as paralelas do Destino iriam unir num futuro muito breve!

A vida é uma caixinha de surpresas, e num piscar de olhos pode mudar o rumo de tudo sem que nem mesmo possamos nos dar conta.
Três irmãs, separadas por uma tragédia do destino, criadas em lugares diferentes e vivendo vidas diferentes, o que o destino reservaria para elas?

...

🇪🇸 ESPANHA 🇪🇸


5 anos atrás...

- Quem é ela?
- Ela? É a divina Hélia Pimenta!
- Divina mesmo!
- Não se empolgue JP pois essa divina é uma mulher casada e com um marido bastante ciumento, aliás já fui testemunha de alguns ataques de fúria dele para com os homens que se aproximaram dela!
- Por uma mulher como ela, valeria a pena enfrentar uma fera!
- Você só pode estar louco JP?
- Louco de paixão meu caro, louco de paixão... Quero que me mantenha a par de cada passo dela e me avise de cada apresentação que ela for fazer!
- Tá certo, afinal você é nosso maior patrocinador, mas ainda acho isso uma má ideia!
- Fique tranquilo, não vou fazer nada de mais, só quero acompanhá-la mesmo que a distância, quem sabe um dia o destino não me dê uma chance e os nossos caminhos se cruzem!

...

Dias atuais...

- E então, pra onde você quer ir minha querida? JP estendeu a mão para ela.
- Para qualquer lugar bem longe daqui! Ela segurou na mão de JP e se levantou.

Hélia Pimenta se levantou com certa dificuldade, seu joelho ainda doía bastante, JP a ajudou e os dois seguiram para fora do teatro. O motorista logo parou o carro diante dos dois e o homem acomodou Hélia no banco traseiro sentando-se ao lado dela.
- Para onde senhor? Perguntou o motorista.
- Ao hotel por favor, Estefano!

O motorista seguiu para o hotel, enquanto Hélia e JP permaneciam em silêncio no banco detrás. Ela pensava em tudo que acontecera ainda a pouco e JP pensava que tinha tirado a sorte grande pois sem querer acabara ao lado de sua musa inspiradora, a mulher que a cinco anos era dona de todos os seus pensamentos.

- Hélia? Ele quebrou o silêncio.
- Sim? Ela o encarou.
- Você está bem? Não disse nada desde que saímos do teatro!
- Estou bem, apenas estou pensando no que irei fazer a partir de agora!
- Vou acomoda-la numa das suites do hotel onde estou, e assim você poderá descansar e pensar com calma! Ele segurou sua mão num gesto de carinho.
- Porque você está me ajudando? Ela perguntou olhando-o nos olhos.
- Porque você precisa de ajuda minha cara! Ele respondeu como se fosse a coisa mais óbvia.
- Mas como assim?
- Minha querida, sou um cavalheiro. E o mínimo que um cavalheiro deve fazer é auxiliar uma dama, se esta se encontra num momento difícil!
- Entendo! Hélia deu de ombros olhando para fora do carro, não entendia porque mais uma sensação de tristeza tomou conta de si, por saber que não era especial para ele.
- Hélia! Ele segurou o queixo dela a fazendo virar e como se estivesse lendo os seus pensamentos continuou. - Não se sinta diminuída minha querida, eu daria a minha vida por você acredite, você é mais que especial para mim, é a razão que me fez acordar durante os últimos cinco anos! Ele levou a mão dela a sua boca e lhe depositou um beijo casto.
Hélia sorriu de lado com aquele gesto, quem era aquele homem que apareceu do nada e agora fazia borboletas voarem em seu estômago?

O restante do trajeto até o hotel foi feito em silêncio, porém JP não soltou a mão de Hélia que a cada segundo ficava mais encantada com ele.

- Minha querida, peço-lhe mil perdões, JP se aproximou dela já pedindo desculpas. - Mas o hotel está lotado, por essa noite você terá de ficar em minha suíte, mas logo pela manhã providenciarei um lugar mais cômodo para você!
- Não há necessidade JP, eu posso voltar a minha casa, creio que é o mínimo que meu ex marido possa fazer, me dar abrigo por mais uma noite, amanhã eu me ajeito melhor!
- De forma alguma, jamais deixaria você retornar a casa daquele homem, principalmente após a forma como ele lhe tratou no teatro. A não ser que você... ele exitou. - A não ser que você... ainda... o ame e queira regressar? JP perguntou com certo receio da resposta dela.
Hélia respirou fundo.
- Olhando para trás hoje, acredito que nunca amei o Niemman, como meu pai sempre disse, esse casamento foi um erro!
- Então venha, me deixe ajudá-la, como um amigo!?
Hélia sorriu e pela segunda vez naquele dia segurou a mão daquele homem e o seguiu sem nem mesmo saber para onde.

Paralelas do Destino - FinalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora