Cap. 11: Janete

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PARTE I: A ANGÚSTIA DA PROCURA

"A angústia é, dentre todos os sentimentos e modos da existência humana, aquele que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como ser (...)." Heidegger

...

Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu angustiado! Sentida comumente como um aperto no peito, uma sensação de vazio inexplicável, uma ansiedade e uma implacável incerteza, trazendo uma irritabilidade e um desespero incomuns, como uma voz interior, a angústia nos lança a seguinte questão: o que eu vou fazer com a minha vida?

Esse era o sentimento que predominava naquele momento em cada um deles...

Armon e Chico na delegacia tentavam a todo custo convercer o delegado a procurar por Janete

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Armon e Chico na delegacia tentavam a todo custo convercer o delegado a procurar por Janete. Santinha, agora deitada em sua cama, depois de muita insistência de Richard, chorava e rogava a Santa Margarida de Escócia que protegesse sua irmã. Richard aos pés da cama de Santinha, rogava também pelo bem estar da cunhada. Dona Judite nos braços da Madre Teresa no convento chorava a angústia de uma mãe que não tinha notícias de sua filha por um dia inteiro. E longe dali, num país estrangeiro, Hélia Pimenta abraçava o travesseiro sentindo um vazio que não sabia de onde vinha.

Todos perdidos na angústia de não saber o que fazer, perdidos em meio ao medo daquela pergunta que martelava em seus corações, o que será da minha vida? SEM ELA...

...

DELEGACIA DO RIO, 14h38.

- Eu não posso acreditar que o delegado não vá fazer nada? Vociferou Chico mais uma vez ainda na sala do delegado.
- Senhor, não há nada que eu possa fazer, não existe um boletim de ocorrência contra o senhor San Marino sobre essa suposta perseguição, e nem mesmo se passaram as 72horas que classificariam o sumisso da mulher como um desaparecimento, diante da lei não há nada que eu possa fazer! Explicava mais uma vez o delegado, já sem paciência com os dois homens a sua frente.

- Isso é um absurdo, que fique claro que se algo acontecer a minha irmã, o senhor será um dos responsáveis! Chico se levantou da cadeira apontando o dedo para o delegado. - Vamos embora Armon, nós estamos sozinhos nessa! Ele disse batendo no ombro de Armon que parecia estar anestesiado com tudo aquilo.

Os dois homens seguiram para a saída da delegacia deixando o delegado extremamente nervoso em sua sala.

Mas antes que alcançassem a porta, um senhor negro de certa idade já, se aproximou deles pedindo que o seguissem. Meio ressabiados os dois caminharam atrás daquele homem até uma pequena sala nos fundos da delegacia.

- Entrem meus jovens, aqui poderemos falar mais a vontade! O senhor deu passagem para que os dois entrassem naquela pequena e abafada sala, um ventilador de teto rodava fazendo um barulho incômodo e o cheiro de cigarro impregnava a sala.
- Porque o senhor nos chamou aqui? Perguntou Armon.
- Porque ouvi a história de vocês e vou ajudá-los! A anos que tento colocar as mãos nesse crápula do Antônio San Marino! Explicou o homem a frente dos dois enquanto acendia um cigarro.

Paralelas do Destino - FinalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora