47. bate, bate, coração

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Enquanto era carregada de cavalinho pela namorada, Sana notou que Dahyun vinha fazendo propositalmente o caminho mais longo rumo ao prédio onde suas aulas aconteciam. Seus braços contornavam firmemente os ombros da coreana, seu nariz rente à têmpora esquerda dela. Já fazia algum tempinho que Dahyun estava cantarolando algo - mas, Sana não sabia o quê. Só que era fofo. Ela... Ali, daquele jeito. Leve. Sendo a sua melhor versão.

— Eu amo esse seu lado — Sana não pôde deixar de dizer. — E não é pouco.

— É mesmo? — Dahyun riu fraquinho. — Pois, eu amo ter ciência de tudo o que você ama. Pode continuar listando, eu deixo. Amar deve ser, de longe, a melhor coisa do mundo--

— Queria que fosse assim sempre, sem ter que acontecer alguma coisa.

— Eu posso ser! — A menina Kim afirmou, em disparada. — N-não precisa acontecer alguma coisa.

— ... Então, por que não é?

— Genética? — Elas riram. — É, eu aposto nisso. Falha hereditária.

— Eu gosto da sua genética.

— Bom pra gente, né? Alguma serventia a querida tinha que ter. — As duas voltaram a rir. — Também gosto muito da sua, caso a senhorita não tenha percebido.

— Gosta muito, é?

— Nossa demais, tanto que chega a doer o coração. Sabe? Tipo, um vício incontrolável. Sou a maior Sanacólatra. Um segundo longe? Já fico em abstinência. Nesse nível.

— Ok. T-talvez, eu esteja meio arrependida agora... Por ter recusado tomar banho juntinho de você. Desculpa, Dahyunie. E-eu não acordei muito bem.

— Não tem que se desculpar, amor. O seu bem estar sempre tem que vir em primeiro lugar. Por falar nisso... Tá melhor agora?

— É, até que sim.

— Ainda bem.

— ... Você não tá ligando muito de chegar atrasada hoje, né?

— Nem um pouco — Dahyun constatou os lábios de Sana alcançarem sua orelha, se arrepiou todinha. Foi lambida e mordida. — Ô garota i-isso é... Jogo baixo. Tá querendo que a gente caia? Eu sou... Sou mais fraca do que você imagina.

Hm-hm, coisa linda. Você é muito forte! — Sana a encheu de beijinhos na bochecha. — E tão fofa. Como que vou ter vontade de ir pra aula assim, hein?

— Podemos enrolar um pouco mais... Nas escadas.

— Ah, as escadas! Sim, podemos.

Dito e feito. Assim que elas chegaram no prédio, Dahyun botou Sana no chão, entraram no elevador e subiram até o andar onde a ruiva tinha que descer. De lá, as universitárias se dirigiram à área das escadas de mãos dadas. Sana na frente, Dahyun vindo no seu encalço.

Naquele ponto, a aula estava a apenas uns cinco minutos de começar. Dahyun prensou Sana contra a parede, beijando-a com gosto. Os dedos da japonesa se perderam nos cabelos da morena, guiando o ritmo de lábios, línguas - ora lentas, ora agitadas. Ela deu algumas mordidas entre beijos, puxando de levinho o lábio inferior da Kim com os dentes, perpassou a ponta do nariz na pele alva, cheirou o seu cangote, sentiu as mãos da coreana explorando suas costas.

Em algum momento, Dahyun se atreveu a descer beijos molhados para o pescoço de Sana, enquanto apertava-a com vigor a cintura perfeita, o punho da estilista fechado em suas madeixas. Chupou a pele macia, lambendo e mordiscando e enchendo-a de arrepios que não se limitavam à região da garganta. Ah, isso sim era jogo baixo! Que perigo. Não tinha como, daquele jeito?? Não veria aula por nada. Poderia ficar ali para sempre, só aproveitando o melhor da vida.

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⏰ Última atualização: Feb 11 ⏰

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Namorada de Mentirinha - SAIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora