Capítulo 6

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Luisa

Cheguei em casa as 09hrs, tomei um banho coloquei um vestido soltinho e prendi meu cabelo desci para a cozinha e encontrei minha mãe.

Ana: Como foi a noite?

Luisa: Foi boa..

Ana: Boa? Hum sei .. – Dei risada. – Bora no mercado comigo? vou comprar as coisas pra fazer o escondidinho.

Luisa: Vamos!

Saímos de casa e fomos a caminho do mercado.

Luisa: Mãe, você não acha estranho o tio Beto nunca ter se envolvido serio com ninguém ou até mesmo nos ter levado pra almoçar na casa dele. – Senti minha mãe tensa.

Ana: Não, filha o Roberto sempre foi muito discreto, só conheci uma namorada dele que por sinal eles tiveram um relacionamento bem rápido não chegou nem a completar 5 meses..

Luisa: Bom, eu acho estranho.

...

Estava colocando os pratos na mesa quando beto chegou, minha mãe foi até a porta e logo ele passou pela porta rindo de alago que minha mãe falou.

Beto: Eai Luluzinha! – Veio me abraçar.

Luisa: Ainda esse apelido? – Ele deu um beijo na minha cabeça e me olhou.

Beto: Quando tinha 8 anos tu gostava. – Cruzou os braços.

Luisa: Acontece que agora tenho 23 anos, já sou uma adulta!

Beto: Adulta e até agora nada da carteira de motorista!

Luisa: De novo isso? – Cruzei os braços.

Ana: Nem comecem! Vamos comer! – Nos sentamos para comer.

Beto: se tu tirar a carteira eu te dou o carro que tu quiser! – Minha mãe olhou pra ele assustada.

Ana: Tá louco Roberto?

Luisa: Eu Topo!

Beto: Mas com uma condição, você vai ter que tirar antes do seu aniversario de 24. – Minha mãe riu.

Ana: daqui a 5 meses? Sem chances, Luisa sempre procrastinou isso.. – Riu irônica.

Luisa: Pois saiba que só por que você me desafiou eu vou topar, em 4 meses, até antes do meu aniversario! – Estendi a mão pra ele. – Combinado? – Ele me olhou rindo.

Beto: Combinado Luluzinha! – Apertou minha mão e eu revirei os olhos pelo apelido. – E como tá a vida de solteira?

Luisa: Ótima, sai com um boy ontem.

Beto: E posso saber quem?

Luisa: Amigo do boy da Camila.. – Ele assentiu e continuamos a comer.- E você, nunca apresentou ninguém pra gente.. – Minha mãe olhou pra ele.

Beto: Eu tô de boa, tenho meus contatos mas nada serio e de verdade não sinto falta.

Luisa: Entendi, tem uma coisa que nunca te perguntei e queria saber..

Ana: Minha filha que questionário todo é esse? – Minha mãe falou.

Beto: Relaxa Ana, pode perguntar, o que quer saber?

Luisa: Do que você trabalha? sei que não é advogado como meu pai era, minha mãe ja me disse que você é empresário, mas nunca falou de fato que empresa é essa. Como você conheceu meu pai? eu sinto que vocês escondem algo de mim.. – Respirei fundo. – Não tem problema se vocês estiverem juntos, eu iria ficar muito feliz eu amo vocês.

Ana: Filha, que isso? Não, não temos nada ok?

Beto: Luisa, eu e seu pai nos conhecemos quando eu tinha 17 anos e ele 15, você sabe que crescemos na rocinha e quando ele perdeu a mãe fomos morar juntos em um apartamento na gloria, fizemos faculdade juntos o mesmo curso, quando Carlos tinha 19 conheceu sua mãe que na época tinha acabado de chegar no Rj para fazer a faculdade e começaram um relacionamento.

Luisa: Minha mãe engravidou de mim e eles foram morar juntos.. - lembrei do que minha mãe havia me falado.

Beto: E eu comecei a trabalhar em uma empresa que fabricava tecidos, fazia parte da área jurídica com o tempo virei sócio e hoje sou dono de 45% da empresa. – Deu um gole na agua.

Luisa: E seus pais?

Beto: Minha mãe era uma viciada e morreu de overdose quando eu tinha 13 anos e meu pai nunca foi tão presente ele morreu de infarto no meu aniversario de 18 anos.

Luisa: Ah.. me desculpa eu não.. – Ele segurou minha mão por cima da mesa e fez um leve carinho.

Beto: Luisa, tá tudo bem! De boa, eu só quero que saiba que amo você e sua mãe, como eu amava seu pai l, e vou cumprir o que ele me pediu ainda quando você tava na barriga da sua mãe, que era cuidar de vocês na ausência dele. Eu perdi meus pais cedo e sei a barra que é, e eu sempre vou fazer de tudo por você, pra te proteger e te dar apoio no que você precisar.. – Limpei um lagrima solitária que caiu. – Posso te dar um abraço? – Eu assenti e ele levantou e me abraçou, me permitir chorar um pouco.

O Roberto sempre foi como um pai pra mim, foi pra ele que contei que havia perdido minha virgindade, ele surtou quase quis matar o garoto mas me ajudou a contar para minha mãe, quando minha mãe não podia ir nas reuniões da escola era ele que ia, quando eu ficava doente na madrugada era ele que corria com minha mãe para o hospital.

Luisa: Obrigada por tudo tio Beto, eu amo você! – Murmurei e ele me abraçou mais forte.

....

Beto havia ficado com a gente a tarde toda, jogamos baralho rimos e conversamos muito, eu estava me preparando pra dormir quando a Luisa me mandou mensagem me chamando pra fazer um bate volta na casa de praia na casa dos pais dela em Angra iriamos no sábado de manhã e voltaríamos no mesmo dia a noite, eu topei, amo uma praia.

Estava organizando minha bolsa para trabalhar amanhã, quando Henrique me liga e eu atendo.

-Boa noite gata!

-Boa noite! – Sorri.

-Eai como foi o dia?

-Foi bom! E o seu?

-Ele começou bem – E eu sorri mordendo os lábios.- Mas depois foi só estresse, queria saber se você topa sair comigo na quarta-feira.

-Hum, não sei qual a programação? – Ele riu do outro lado da linha.

-Pensei em cinema e depois jantar, o que acha?

-Adoro ir ao cinema, tem um filme mara em cartaz quero muito assistir!

-Então fechô!

Ficamos mais algum tempo conversando pelo telefone e depois ele desligou, escovei meus dentes coloquei um pijama e fui dormi.

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