Diário de Mãe

As coisas estão Melhor

Pov's Addison

  A consulta com a Drª Sullivan foi promissora,  foi difícil a primeira vista notar que ela tinha um passado com Mer mas o profissionalismo dela me ganhou, ela estava ali com o mesmo objetivo que o meu, ela queria que Mer ficasse bem e era isso que importava, ver a minha loira no chão chorando daquele jeito acabou comigo e eu estava disposta a qualquer coisa para ajudar.

   Uma das recomendações foi cuidar sozinhas de ambos os bebês enquanto a outra cuidava de si, quando chegamos em casa resolvemos pôr isso em prática, Mer foi cuidar dos nosso pequenos e eu fui tomar um banho, quando a Drª disse que eu fazia parte do processo e eu realmente não entendi, Mer precisava de ajuda, ela tinha que ser o foco não eu, mas eu precisava fazer tudo ao meu alcance e faria.

   O plano era deixar Mer cuidar dos dois sem ficar em cima, eu iria  tomar um banho e nada mais, era fácil, simples até,  porém era muito mais fácil na teoria que na prática,  eu sabia que Mer cuidaria bem da nossa filha, ela era majoritariamente responsável  por ela, era Theo minha principal preocupação, ela não sabia direito como cuidar do Theo, não sabia como ele gostava do banho,  como  gostava de ser segurado, todas aquelas coisas estavam pesando tanto na minha cabeça que o meu banho ficou esquecido, fiquei sentada na minha cama olhando para o corredor, meio que esperando que ela me chamasse, fiquei pensando se ela estava mesmo cuidando de Theo, o silêncio que Vinha daquele quarto agredia meu ouvidos mais do que qualquer banderna, minhas mãos soVam h perna tremia involuntária mene em dado momento ficar sentada deixou de ser uma opcão e eu apenas fiquei andando em crirculos pelo quarto, não sei porque eu me sentia daquela forma, mas eu estava apreensiva, não era questão de  confiança, eu confiava na  minha loira o problema era.... O problema era que eu não sabia qual era o problema.

   Fiquei ali apenas esperando andando, meio que pensando em mil e uma desculpas para que eu pudesse arranhar um motivo para ir até lá, foi quando ouvi, o choro do meu pequeno, eu quero que eles se liguem mais do que qualquer um mas não as custas do bem estar do meu Passarinho, pelo choro eu percebi que ele não estava a vontade, mil e uma coisas passaram pela minha cabeça, será que a água estava quente demais?, ou Mer o estava segurando da maneira correta?, eram tantas perguntas que eu nem me dei conta que estava me movendo, quando  dei por mim estava na porta do quarto da nossa filha, claro que Mer escolheu aquele lugar, ela estava bem mais apegada menina e claro que ela se sentiria mais a vontade ali do que no quarto do nosso pequeno, quando  cheguei , a garota estava deitada em seu berço  enquanto Mer estava no banheiro, fui até a porta assim que voltei a ouvir o choro do nosso passarinho, assim que cheguei disposta a entrar e oferecer ajuda  mas fiquei observando, Mer falou com ele cuidou e o acalmou, um sentimento estranho se apossou de mim, ao mesmo tempo que eu queria que ela se desse bem com ele, fiquei apreensiva quando ela conseguiu sem mim, e fazendo de uma forma diferente, antes que eu pudesse dizer algo ou sair dali ela me viu, e o sorriso em seus lábios fez todo aquele desconforto valer apena, falei com ela e ela estava tão orgulhosa e eu apesar de tudo também, antes que pudéssemos continuar a conversa Heloísa chorou, olhei para Mer com espectativa, esperava que ela desse nosso pequeno em meus braços e fosse cuidar de  dela, mas aquilo não aconteceu.

  —Faz um favor sei que eu tinha que lidar com os dois mas você poderia ir ver ela, é incrível que eu tenha conseguido acalmar ele o bastante para dormir e eu ....

   —Calma você  não precisa se explicar eu cuido dela.

  —Deve ser apenas que ela está molhada, ela já tomou banho mas ela costuma fazer isso, parece que espera.—Meredith falou sorrindo e aquilo foi uma informação completamente nova para mim.

  Fui até o berço onde Helô estava vermelha de tanto chorar, verifiquei e como Mer havia dito ela estava molhada,a troquei  mas ainda assim ela não parou de chorar, pensei que poderia ser fome, então me sentei com ela na cadeira de balanço e tentei  começar a amamentar, mas ela não pegava, quando olhei para a porta Mer estava ali sem Theo que estava provavelmente dormindo, ela estava com a babá eletrônica nas mãos, percebi que quando sai ela deve ter fechado a porta do quarto de Theo antes de vir, com dois bebês em casa minha  loira brilhante teve a ideia de  fazer quartos aprova de som, assim um bebê não acordaria o outro.

  —Eu... Ela não para.

  —Tudo bem eu assumo daqui.—Ela disse vindo até mim e pegando a menina dos meus braços.—Chega de trapaça pode ir eu cuido dela.

   Meredith aconchegou mais a menina e  começou a controlar, a garota logo se acalmou e aquilo me intrigou e fez com que eu me sentisse muito mal, eu não conseguia fazer minha filha se acalmar sem a outra mãe dela,, eu sabia exatamente o que fazer com Theo mas quando se tratava de Helô parecia que a situação se invertia, eu era a mãe  com dificuldades,  eu nem conseguia fazer a garota parar de chorar, e o pior eu percebi que por conta da aproximação dela com a Mer talvez eu não soubesse porque não fiz questão de aprender, pensamentos ruins  voltaram a invadir meus pensamentos, eu prometi a mim mesmo que a origem daquela criança não afetaria meu relacionamento com ela, agora me pego pensando que era mais fácil prometer que cumprir, e que talvez Meredith não fosse a única mãe a precisar de ajuda naquela  casa, pequei meu celular e liguei e enviei uma mensagem para a Drª Sullivan.

   "Você sabia?"

 " Bem faz parte do meu trabalho saber, quando estiver pronta marca uma consulta."

    Depois disso enfim  fui tomar meu banho.

Estamos chegando ou fim meus amores.