𝘾𝘼𝙋𝙄𝙏𝙐𝙇𝙊 1

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Dois anos depois

Naquela manhã, acordei com meu pai me chamando, insistindo para que eu me levantasse. Levantei-me rapidamente, fiz minha higiene matinal, troquei de roupa e desci as escadas.

— Bom dia, querida — disse meu pai assim que me viu.

Eu sorri e peguei meu caderno, começando a escrever algo que mostrei a ele em seguida.

— Sim, a Bella chega hoje. E, falando nisso, preciso buscá-la — ele disse, pegando as chaves do carro e uma blusa de frio. — Já volto, não vou demorar — avisou, saindo de casa.

Enquanto ele foi buscar Bella, fiquei desenhando algo para ela. Alguns minutos depois, ouvi o som do motor do carro do papai e corri para a porta. Quando vi Bella saindo do carro, ela abriu os braços para mim e eu pulei em sua direção.

— Oi, luz! Você cresceu tanto desde a última vez que te vi! — ela disse, acariciando meu cabelo. Eu apenas assenti.

— Filha, por que você não vai brincar um pouco enquanto eu falo com a Bella? — sugeriu meu pai, atraindo minha atenção. Concordei e voltei para terminar o desenho.

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— O que aconteceu com ela? — perguntei, percebendo que minha irmã não havia falado nada.

— Bella, sua irmã não fala há mais de dois anos, desde que sua madrasta foi morta — respondeu ele, com um tom de tristeza. Fiquei em choque. Eu não era tão próxima da minha madrasta quanto era da Luz, mas sempre gostei dela.

— Como ela morreu? — perguntei.

— Ninguém sabe, só a Luz. Quando a encontramos, ela estava olhando para o corpo da mãe, e quando perguntavam o que tinha acontecido, ela não respondia.

— E como vocês se comunicam com ela? — questionei.

— Ela sempre escreve no caderno — explicou ele. — Mas vamos entrar. Tentei deixar seu quarto do mesmo jeito que você deixou quando saiu, só mudei a cama e renovei a pintura.

— Está ótimo assim — falei, sorrindo levemente.

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Quando terminei meu desenho, corri para mostrar à Bella, mas não a encontrei. Logo, ouvi vozes na entrada da casa. Ao chegar lá, vi Jacob, e corri para seus braços, assustando-o. Ele logo percebeu que era eu e me pegou no colo.

— Oi, pequena! O que você tem aí? — ele perguntou, olhando para o desenho que eu havia feito para a Bella.

Olhei para o lado e vi Bella observando a cena. Entreguei o desenho para ela, fazendo-a sorrir.

— Eu adorei o desenho, mas não entendi a raposa — disse Bella.

— Ela sempre desenha raposas. Nunca entendi por que você gosta tanto de raposas, pequena — comentou Jacob.

Após a morte da minha mãe, o "espírito" de uma raposa apareceu ao meu lado. Quando o vampiro tentou me atacar, ele não conseguiu. Antes de ir embora, o vampiro prometeu que voltaria para me matar.

— Olha só se não é a pequena guerreira Swan — disse o tio Billy, e eu acenei para ele com um sorriso. Eles começaram a conversar sobre o carro da Bella, e depois todos fomos dormir.

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Outro dia

Fui para a escola normalmente e, na saída, vi minha irmã esperando por mim. Não esperava me divertir tanto depois de ser buscada por ela. A semana passou rapidamente, e Bella voltou sorrindo após uma aula. Dias depois, eu e papai fomos ao hospital porque Bella quase foi esmagada por um carro. Enquanto ela era atendida, fui procurar o primeiro médico que a ajudou e o encontrei conversando com algumas pessoas. Aproximei-me devagar.

— Oi, pequena, está perdida? — ele perguntou ao notar minha presença.

Balancei a cabeça, negando, e escrevi na última folha do  caderno, agradecendo-lhe por cuidar da minha irmã.

— Esse é o meu trabalho. Qual é o seu nome? — perguntou.

Fiz um gesto de escrita para que ele entendesse que eu não podia falar. Ele sorriu, compreensivo.

— Entendi. Você sabe fazer gestos ou sinais? — perguntou gentilmente.

Levantei a mão e apontei para a lâmpada no teto.

— Luz? — perguntou Edward, olhando para mim, e eu assenti.

— Prazer em conhecê-la, Luz — disse o médico, sorrindo.

Desviei o olhar e notei uma mulher loira me observando atentamente. Caminhei em sua direção, cautelosamente, e apontei para seu cabelo. Confusa, ela se agachou, e eu me aproximei, tocando seus cabelos com carinho, enquanto ela sorria para mim.

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Voltei para a sala de espera, onde meu pai me aguardava, preocupado. Quando me viu, perguntou:

— Está tudo bem, querida?

Assenti com a cabeça, tentando tranquilizá-lo. Pouco depois, Bella saiu do consultório, com um curativo na testa e um sorriso forçado.

— Foi só um susto, pai. Estou bem — disse ela, tentando acalmar a todos.

Voltamos para casa e o clima ficou um pouco mais leve. Bella fez questão de me colocar para dormir naquela noite, como costumava fazer quando éramos mais novas. Senti-me segura, mesmo sem dizer uma palavra.

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Os dias seguintes foram um pouco tensos, mas minha irmãzinha parecia estar se acostumando com a minha presença novamente. Eu estava determinada a descobrir o que realmente aconteceu com nossa madrasta e ajudar Luz a voltar a falar.

— Pai, precisamos conversar sobre o que aconteceu com a madrasta — falei uma noite, enquanto estávamos na cozinha.

— Bella, eu já disse que não sabemos o que aconteceu — respondeu ele, cansado.

— Eu sei, mas Luz sabe. Acho que precisamos encontrar uma maneira de fazê-la se sentir segura para contar.

Ele suspirou, concordando.

— Vamos fazer isso juntos, Bella. Mas com calma, sem pressioná-la.

Assenti, ciente de que seria um processo delicado.

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Os dias se passaram e Bella começou a investigar mais sobre a morte da minha mãe. Ela conversava com algumas pessoas enquanto eu observava tudo de longe, sempre desenhando ou escrevendo no meu caderno. Um dia, Bella encontrou algo que a deixou perturbada e veio correndo até mim.

— Luz, preciso que você me mostre algo importante — disse ela, segurando uma foto da minha mãe.

Olhei para a foto e depois para ela, sentindo uma mistura de medo e curiosidade.

— Você se lembra desse dia? — perguntou, apontando para a foto.

Assenti com a cabeça, e ela suspirou aliviada.

— Precisamos falar sobre o que aconteceu naquela noite. Sei que é difícil, mas prometo que estarei ao seu lado o tempo todo.

Suspirei e neguei com a cabeça, fingindo não ouvir.

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Uma Maximoff Entre Vampiros (Em Revisão E Melhoria)Onde histórias criam vida. Descubra agora