a verdade

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Chegay com capítulo novo.

Aqui temos o fim das dúvidas. Simbora ler!

No domingo aconteceu o almoço na casa de Jonathan. Apesar de no início ao chegar na casa do amigo, Charlotte se sentir bem deslocada e retraída com a presença do grupo de pessoas que ela não reconhecia e isto ter perdurado por um bom tempo. Aos poucos, as brincadeiras do pessoal foram quebrando o gelo e varrendo o desconforto da loira para um canto, ao ponto de ela há certa altura conseguir até interagir com o grupo ainda que com certa timidez. Ouviu histórias a seu respeito pela visão de cada um de seus amigos. Para eles, ela era a amiga de todas as horas, parceira, divertida, leal. Mas também a chefe exigente, pulso firme, mas que sabiatambém ser flexível, generosa, paciente e uma inspiração para seus comandados.

Foi estranho escutar tantos elogios de pessoas tidas como "estranhas" a ela, já que não se lembrava deles. No entanto foi uma ótima forma de saber mais a seu próprio respeito e por outras pessoas que não fosse somente por Engfa.

- E aí, o que achou do pessoal? - Engfa lançou um olhar curioso a esposa acomodada ao seu lado, no banco do carona.

Já era noite e elas estavam voltando para casa. Era para voltarem mais cedo, a tarde mais precisamente. Porém quem disse que o pessoal deixou? Quando anunciaram a primeira vez que já iam o coro foi unânime para que ficassem. E elas ficaram mais um pouco! E esse "pouco" foi até quase oito da noite.

- Eles são bem animados.

- Ah, são mesmo! Você não viu nem a metade do que aqueles malucos são capazes de fazer, principalmente o Jon. - comentou aos risos Engfa. Aproveitando a parada no semáforo vermelho, ela encarou a esposa. - Espero que tenha se divertido e gostado do dia que tivemos.

- Eu gostei, sim. Me senti bem na companhia daquelas pessoas.

- Mãe!

- Oi, filha. - pelo espelho retrovisor, Engfa olhou para Beatriz acomodada ao lado da cadeirinha de um Thomás que dormia cansado de ter passado a dia na piscina. O garotinho estava tão pesado no sono que nem se mexeu quando foi tirado da cama de Jonathan onde foi colocado para dormir depois do lanche que fez ao sair da piscina de tardinha.- A gente pode parar em uma farmácia pra comprar um remédio pra dor de cabeça? Minha cabeça parece que vai estourar de dor.

- Claro, amor. A gente pára naquela perto de casa, tá bom?

A garota assentiu.

Momentos depois, Engfa já parava na farmácia e comprava o remédio. Seguiram para casa.

Os dias foram passando, transformando-se em semanas e com eles criou-se uma rotina em que Charlotte tinha suas consultas; seguia com os seus tratamentos e terapias imposta por seus médicos na tentativa de se ver o mais rápido possível boa e com suas lembranças de volta.

Em paralelo a isso, Engfa também com o passar desse tempo ia cada vez mais se sentindo mal, o que deixava Charlotte preocupada com a esposa.

A morena vivia com constantes mal-estares. Eram enjôos, algumas tonturas e oscilações de apetite que Charlotte não entendia.

Ora Engfa queria comer tudo a sua frente, ora não queria nem sentir o cheiro de comida alguma.

A economista achava aquilo tudo estranho e muito preocupante. Será que a esposa estava com alguma doença grave? Sentiu um temor em cogitar tal possibilidade. Algo dentro de si doeu só de imaginar a esposa doente.

Por várias vezes, recomendou a Engfa que procurasse um médico. Mas a esposa desconversava e Charlotte ficava sem entender aquilo.

Por que ela não queria ir à um médico se não passava bem? O que a economista não sabia e nem desconfiava é que sua esposa já tinha a ideia de qual era a razão daqueles seus mal-estares. Porém, ela evitava ir à um médico por medo da certeza absoluta que possivelmente teria sobre o que tinha.

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