Por mais que seu primo a tivesse advertido sobre se envolver com o jogador sul-coreano, Karinne não conseguia parar de pensar em Sonny e no quanto era gentil e atencioso. Só de conversar um pouco com ele, tinha ficado ainda mais encantada. De alguma forma, o sorriso, a voz e o jeito dele eram irresistíveis para ela.
Depois de se livrar das roupas que Richarlison tinha a emprestado, de tomar um banho demorado de banheira, com direito à sais de banho cheirosos e requintados, e de vestir um pijama bem quentinho, se jogou na cama e adormeceu antes que o primo voltasse do treino.
Acordou apenas no dia seguinte, e com o rosto inchado de tanto dormir, escovou os dentes, tomou um banho e se arrumou para sair. Afinal, tinha apenas um mês para conhecer a cidade e não queria perder tempo.
Enquanto pegava o metrô, se sentia um pouco estranha de não poder compartilhar a alegria que estava sentindo com ninguém. As pessoas pareciam distantes e muito focadas em suas próprias vidas, e em hipótese alguma iniciariam uma conversa com uma desconhecida. Na verdade, nem sequer a olhavam nos olhos, era como se não estivesse de fato ali. Mas logo descobriu que não era nada pessoal e que na cultura deles encarar era considerado falta de respeito e em alguns casos até mesmo assédio.
No entanto, como não se incomodava com o silêncio e gostava de se perder em seus pensamentos, o tempo dentro do metrô passava voando. E por mais que respeitasse a privacidade dos passageiros e tentasse não ficar os encarando muito, os olhos de Karinne eram constantemente atraídos pela beleza de alguns passageiros. Homens altos e belíssimos, que liam livros ou escutavam música e a encantavam, cada um à sua maneira. Paixões passageiras que duravam apenas até eles descerem na próxima estação.
Quando era a sua própria vez de descer, Karinne se demorava um pouco, apreciando a música dos artistas que tocavam dentro das estações de metrô e às vezes se chocava com os moradores de rua que se abrigavam ali. Para maioria das pessoas eles eram de fato invisíveis, ainda que a cena fosse impossível de se ignorar. Em sua maioria, homens velhos, deitados no chão, com cabelos e barbas compridas, roupas sujas e uma plaquinha pedindo dinheiro. A miséria existia em todos os lugares do mundo, por mais desenvolvidos que fossem, e aquilo era uma prova disso. Sem pensar muito se aquilo era correto ou não, ou mesmo se faria alguma diferença, deixou algumas moedas para um dos homens dormindo em cima de um papelão, e foi embora com o peito apertado.
Fora dali a realidade era bem diferente. Os prédios eram estonteantes, as ruas apinhadas de pessoas apressadas e elegantes, dos tradicionais táxis pretos e dos ônibus vermelhos de dois andares. O trânsito era extremamente organizado, tanto para os motoristas quanto para os pedestres e ciclistas, e Karinne não era capaz de ver tudo aquilo senão com brilho nos olhos.
Enquanto conhecia o Museu Britânico e tirava fotos das pinturas e esculturas de lá, Richarlison e Sonny aproveitavam o intervalo do treino para conversar.
- Como vai a sua prima? Está tudo bem com ela? - Sonny quis saber.
- Claro, mano. Nós somos osso duro de roer. Não vai ser uma chuvinha que vai conseguir acabar com um de nós - Richarlison brincou. Aliás, muito obrigado por ter tratado a Karinne tão bem, você sabe que minha família é tudo pra mim. Por isso quero te convidar para ir jantar fora com a gente... pode escolher o que quiser, vai ser por minha conta, como forma de agradecimento.
- Que isso, cara. Não precisa - Sonny afirmou, sem jeito.
- Claro que precisa. Nós podemos ir em um desses restaurantes coreanos que você gosta, assim você mata a saudade da comida de lá - Richarlison sugeriu.
- Não, imagina. Nem todo mundo gosta de comida coreana e também a sua prima acabou de chegar, talvez ela queira experimentar a comida daqui - Sonny argumentou.
- Se for por isso, pode ficar tranquilo, cara. A minha prima é como eu, ela come de tudo, sem frescura. E sobre a comida local, ela vai ter bastante tempo para provar, e convenhamos que não existem muitos pratos que sejam tipicamente britânicos. Só consigo me lembrar do peixe com batata frita. Aquele que é servido em uma folha de jornal, sabe?! - Richarlison explicou.
- Ok, então eu aceito. Sei de um restaurante bem bacana que podemos ir - Sonny se deu por vencido.
- Combinado. Vou levar a Chelsy também, se não se importar - Richarlison avisou, animado.
- Sem problemas. Nos vemos à noite então - Sonny confirmou.
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𝙰𝚕𝚕 𝚖𝚢 𝚂𝚘𝚗𝚗𝚢 𝚍𝚊𝚢𝚜 | 𝓢𝓸𝓷 𝓗𝓮𝓾𝓷𝓰-𝓶𝓲𝓷
FanfictionKarinne Maria de Andrade é prima do famoso jogador de futebol, Richarlison, e através dele, conhece Son Heung-min, conhecido como Sonny, e os dois acabam se apaixonando. Contudo, o sul-coreano já encontra-se em um relacionamento sério com a sua carr...