𝙰𝚕𝚕 𝚖𝚢 𝚂𝚘𝚗𝚗𝚢 𝚍𝚊𝚢𝚜 | 𝓢𝓸𝓷 𝓗𝓮𝓾𝓷𝓰-𝓶𝓲𝓷

"Saudade do que a gente não viveu ainda"

Com a empolgação da viagem, Karinne mal tinha tempo para pegar no celular. E quando o usava, era apenas para registrar os melhores momentos e paisagens lindas que encontrava pelo caminho.

Não era a sua intenção procurar por coisas relacionadas à Coreia do Sul e à Sonny, mas depois que o conheceu, e que foi jantar com ele em um restaurante coreano, tudo relacionado àquela cultura pareceu ficar mais visível aos seus olhos.

Enquanto caminhava pelas ruas de Londres, se deparou com uma loja de produtos de K-Pop e por curiosidade entrou, se surpreendendo com a quantidade de artistas e produtos que existia lá. No entanto, como não conhecia muito daquele mundo, não comprou nada.

Mais à frente, viu também um pequeno restaurante coreano, e, dessa vez, como tinha um pouco mais de familiaridade com a comida coreana, pediu uma porção de frango frito apimentado, que vinha acompanhada de arroz, e pegou um refrigerante qualquer na geladeira deles, e pediu que embalassem para viagem.

Parou no primeiro parque que viu, e, sentada na grama, começou a comer a comida que pediu. O frango, como de costume, era apimentado e ao mesmo tempo adocicado. Entretanto, estava muito mais picante do que o que comeu pela primeira vez. Então, para aplacar aquele sabor e sensação estranha que tinha deixado em sua língua, encheu a boca de arroz e em seguida tomou um gole da bebida que tinha comprado. Contudo, para a sua surpresa, o líquido era mais doce do que imaginava e continha leite, além de umas bolinhas mastigáveis. Uma combinação nada adequada ao que estava comendo, pelo menos não para o seu paladar.

Quando leu o rótulo com mais atenção, descobriu que não era um refrigerante, como tinha pensado, mas, sim, um Bubble Tea - uma bebida originária da Tailândia, preparada com chá, suco de frutas, leite ou iogurte, que tem como característica principal: bolinhas de tapioca. Achou a bebida interessante, apesar de não combinar muito com o frango, e pensou que gostaria de prová-la novamente, mas, dessa vez, sem nenhum acompanhamento.

No fim, não conseguiu dar conta de comer toda a comida, que era extremamente bem servida, e pensou em levar o restante para o seu primo, já que odiava a ideia de desperdiçar alimentos, com tanta gente passando fome no mundo.

Surpreendentemente, naquele mesmo instante o seu celular começou a tocar, e, coincidentemente ou não, quem estava ligando era justamente Richarlison.

- Oi, primo. Nossa, você não morre mais! Eu estava pensando em você agora mesmo - Karinne contou animada.

- Ah, é? Que milagre você lembrar de mim... Parece que nem moramos juntos, já que eu quase não te vejo mais - Richarlison reclamou.

- Ah, desculpa, primo. Mas não foi você que me pediu para aproveitar a viagem?! - Karinne se defendeu.

- Sim, sim, Karinne Maria. Você está certa. Só estou enchendo o seu saco - Richarlison explicou. Mas, indo direto ao assunto, eu gostaria de saber se você tem um tempinho na sua agenda agitada para vir ver o seu primo jogar... - a convidou.

- Ah, sim, Sr. Richarlison Andrade. Eu vou consultar a minha secretária e te aviso - Karinne brincou.

- Nossa, como você está chique, Karinne Maria. Está certo então, me avise, mas avise logo, pois o jogo é amanhã - Richarlison entrou na brincadeira.

- Ok, pode contar com a minha presença ilustre - Karinne confirmou, e aproveitou para falar da comida.

Contudo, seu primo já tinha almoçado e não teria tempo para fazer uma outra pausa, então Karinne teve que levar a comida para casa e comer ela mesma, assim que estivesse menos cheia.

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