Eddie, you drew stars around my scars but now I'm bleeding

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Voltei <3

Que milagre, suki trazendo um cap com menos de 748873 mil palavras rs, esse é menorzinho porque esse cap foi dividido em dois POVs, esse primeiro é o da Chrissy, e talvez eu traga o do Eddie ainda hoje, ou no max amanhã!

Obg por continuarem aqui e boa leitura <33333

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Parte I - Chrissy Cunningham está em Hawkins.


10 dias depois - Julho, 1985

- Minha nossa senhora, que breu é esse? - uma voz conhecida chegou aos ouvidos, mas Chrissy nem se mexeu, continuou deitada na cama num estado letárgico, do mesmo jeito que está há dez dias - O ar tá tão pesado e deprimido que vou precisar tomar um antialérgico quando sair daqui - a porta do quarto bateu. Éden, é a voz de Éden - Você sabe que são duas horas da tarde, né? E tá provavelmente fazendo uns cinquenta graus lá fora, férias, e você tá deitada!? - voz indignada - E embaixo dos lençóis? - caminhou pelo quarto, Chrissy conseguia ver pelo canto dos olhos os sapatos de Éden - LUZ, VIDA - puxou as cortinas, a luz do sol finalmente entrou no quarto pela primeira vez em uma semana, Chrissy só fechou os olhos de novo, machucados pela claridade que ela não vê há tanto tempo - Você não atendeu minhas ligações e ninguém sabe sobre você, mocinha. E então - Éden sentou na ponta da cama - Sua mãe me disse que você não levanta da cama e nem sai do quarto há sabe lá quantos dias - colocou a mão no lençol para tentar ver o rosto dela, mas Chrissy continuava imóvel - Ela é bem - fez uma careta ao lembrar da reação de Laura quando a viu na porta - Me olhou dos pés a cabeça como se eu fosse o próprio diabo fugindo da cruz - riu alto e parou de sorrir ao ver que Chrissy continuava imóvel, só via os tufos de cabelos loiros espalhados no travesseiro, o rosto escondido no lençol. Puxou o edredom com tudo - Levanta, bela adormecida - achou que Chrissy fosse gritar com ela ou pedir o lençol de volta, mas ela não esboçou reação alguma, só continuou encolhida na cama - Chega, você vai tomar um banho, se vestir e a gente vai comer alguma coisa, que tal um sorvete? É verão, vem, levanta dessa cama - puxou o braço dela.

- Hoje não - disse baixinho, a voz tão embargada que Éden quase não ouviu, os olhos ainda fechados, sempre quis ter uma amiga para não se sentir sozinha, e agora tem, e nem consegue se mexer, e se odeia por isso, porque não quer perder Éden, mas já está acostumada a ser sozinha, então não seria surpresa para ela. Queria levantar, ela jura, mas não consegue, porque sente uma agonia apertando o peito há dias e que não vai embora, como se fosse uma âncora amarrada a ela e a puxando para baixo, uma dor nova, é agonizante, acordar e dormir, acordar e dormir e a agonia no peito continua. Ela só quer que passe, mas parece não passar nunca. É como um vazio, como se todo o tórax dela estivesse vazio e sem órgãos, sente algo estranho no peito, um frio agonizante, uma dor que aperta e ela se sente sufocada.

E todo dia quando acorda, parece que não tem mais pensamentos na cabeça, parece que não tem forças ou vontade para levantar, caminhar, falar. Não tem vontade de fazer nada. Como se o corpo estivesse numa moleza dolorida. É só um vazio que pesa a cabeça e a faz deitar de novo como se estivesse com um cansaço tristonho que não a deixa levantar. Ela não sabe como descrever nada disso, porque nunca tinha sentido.

Don't You Forget About Me - Eddie Munson | finalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora