Segundo dia: rainha do desastre

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- Vamos beber uma, meu irmão - Riconha levantou, puxou Eddie pra cima, o obrigando a levantar

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- Vamos beber uma, meu irmão - Riconha levantou, puxou Eddie pra cima, o obrigando a levantar. Assim que levantou. Apoiou os braços nos ombros de Munson e o levou para fora do quarto cheio de fumaça - Tem uma noite inteira de festa pela frente, meus irmãos, e só começou.

Eddie piscou os olhos brisados umas três vezes, até as piscadas estão lentas, tentando fazer a cabeça funcionar no meio daquelas luzes vermelhas, muita gente se mexendo e música alta.

...

Ele não fazia ideia do que estava acontecendo, só sentia uma vontade incontrolável de sorrir...sorrir de qualquer coisa. Tá chapado, a cabeça nas nuvens, nada vai o tirar do sério hoje.

Nada...

- Onde é que a gente arruma uma cervejinha aqui, irmão? - Riconha precisou gritar para a voz ser ouvida no meio da música que tocava de toda altura ao ponto de tremer as janelas da casa com superlotação.

Eddie precisou de uns cinco segundos para raciocinar a pergunta e conseguir responder - Sei lá, cara, deve ser ali - apontou para a cozinha escura, no canto da festa, uma área mais vazia, e cheia de garrafas de bebidas jogadas em mesas caóticas com restos de embalagens, comidas e sabe Deus mais o que.

- Bora lá, irmão - Riconha grudou no ombro de Munson e se arrastaram em direção a cozinha. Um ótimo contraste ver a lerdeza e paz na qual os dois andavam, como se não existisse sequer um problema no mundo, com a centenas de pessoas se movimentando furiosamente dançando naquela luz avermelhada.

(...)

Julho. Começo do verão, dias inteiros acima de trinta graus. Noites quentes. A festa está lotada, abarrotada de gente, as janelas estão embaçadas. Está calor, muito calor aqui dentro, principalmente na sala onde estavam dançando segundos atrás.

Chrissy seguiu as amigas até um dos banheiros da casa.

Ela está suando. Sente as pernas queimando dentro dessa meia-calça apertada.

Tem muita gente aqui, em todo lugar, nem ao menos um espaço vazio, está muito quente, abafado, a temperatura da casa nas alturas.

Depois de esperar numa fila de quase cinco minutos para usar o banheiro pequeno e ter que dividir o cubículo com garotas se maquiando, vomitando todo o shot de gelatina ou beijando alguém, entrou e a primeira coisa que fez foi escorar na pia e jogar um punhado de água gelada no pescoço.

Não aguentou, está quente demais, se sente cozinhando dentro daquela roupa. Se apoiou no ombro de Brit, desabotoou os sapatos e tirou a meia-calça preta - Guarda pra mim? Não trouxe bolsa - e respirou aliviada, sentiu imediatamente uma rajada de vento nas pernas assim que deslizou a meia para fora.

Chrissy tirou a meia-calça.

- Meu deus, o que tá rolando ali? - Thammy e outras garotas fizeram caretas, algumas riram - Tem alguém morrendo? - a música ainda estava estrondosa na casa...mas agora, parecia, sei lá...um karaokê? Um microfone falho enquanto pessoas bêbadas berravam a letra por cima das músicas.

Don't You Forget About Me - Eddie Munson | finalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora