Capítulo 20 - César (Humanimal Tigre)

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Acorde…

Acorde…

Acorde, humano.

Sempre a voz masculina e grossa ecoando na minha mente. Graças a essa voz, acordei junto com uma luz clara nos meus olhos.

Foi então que lembrei que estou num quarto bem espaçoso, estou deitado numa cama só pra mim. Levantei rapidamente e janela eu vi a vista da grande floresta.

– É hoje, é hoje. – falei bem animado, porque hoje vai começar meu treinamento para se tornar um verdadeiro Humanimal Tigre.

É bem mais incrível treinar onde viviam muitos Humanimais Tigres no passado. Gritei tão animado que imitei rugido na janela.

– Senhor César, estou entrando. – bateu a porta antes de entrar uma mulher meio velha, vestindo roupas vermelhos e o cabelo dela está raspado – Bom dia, mostrarei suas roupas pra se vestir antes do café da manhã.

– Tudo bem… – perguntei curioso – Qual é seu nome?

– Pode nem chamar de Pema, senhor César.

– Não me chame de senhor, só César.

– Como quiser.

Pema me mostrou as roupas e me ajudou a vestir a camisa. Ela até limpou meu rosto e arrumou meu cabelo.

Enquanto fui a seguindo num grande corredor, fiquei inspirado por ver desenhos de tigres nas paredes, principalmente o desenho do enorme tigre branco.

Chegamos à uma sala e no centro havia uma mesa gigante. Aproximei vendo muitos tipos de alimentos, uns que nunca vi na vida.

Só vi Maia e Liadan sentadas nas cadeira.

– Bom dia. – disse Maia e perguntou pra mim – Dormiu bem?

– Muito bem.

– Ótimo, pode se sentar e comer o que quiser.

– Valeu. – sentei em uma das cadeiras e já fui comendo as frutas.

– César, tenha modos. – sussurrou Liadan.

– Não estou ouvindo, vovó. – respondi e olhei em volta – Cadê a mamãe?

– Está conversando com meu marido e o Monge Manu. – respondeu Maia.

– Então se casou com Rei Leão Indiano. – comentou Liadan.

– Sim, ele pode parecer sério. – disse Maia, com sorriso – Mas é cuidadoso e gentil.

– Se você diz. – disse Liadan – É aqui que vocês moram?

– Não, moramos perto da capital. – foi rindo – Ele veio aqui bem cedo com uma ansiedade de conhecê-los. É uma pena que temos que voltar à noite, Arjun tem negócios pra fazer na capital.

Elas foram conversando enquanto fui adorando conhecer novos sabores na mesa.

Ouvimos passos e na entrada vimos a mamãe com Monge Manu e Arjun. 

– Vejo que estão comendo, que bom. – disse Monge Manu – Precisaram de muita energia, iremos daqui a pouco.

– Por treinamento?! – levantei  – Preciso pegar minha lança?

– Não, o lugar onde vamos, é proibido de trazer armas. – sorriu Monge Manu – Vamos ao Refúgio.

– Desejo muita boa sorte ao treinamento de vocês. – Arjun foi ao lado da Maia – Recebi a mensagem de um dos guerreiros, precisamos voltar agora.

–  Tudo bem, querido. – Maia se levantou e sorriu pra Liadan – Boa sorte, e espero te ver de novo logo.

– Crianças. – mamãe nos chamou. – Vamos agora.

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