Descendentes da Tigresa

Capítulo 49 - César (Humanimal Tigre)

"Socorro.”

É significado do uivo, reconheci que é do Paulo.

– O que está fazendo? – gritou Jurandir quando corri como louco pra fora da aldeia.

Assumi minha forma tigre humano e segui pelo cheiro da Rubi. Meus pelos arrepiaram quando senti uma energia maligna bem forte perto do grupo, bem mais do que um Sombrio comum.

Quase gelei quando senti cheiro de sangue fresco.

Estão sendo atacados.

Preciso ir bem rápido.

Aproximando em um dos rios pretos, reconheci gritos, principalmente o grito da Ellie e Rubi.

Cheguei onde vi dois lobos lutando contra duas cobras grandes e pretas com mesmo tamanho deles. Ouvi um grito e vi Rubi, Melody e Ellie em um dos galhos de uma árvore sem folhas.

Tio Léo, na sua forma leão humano, foi matando cobras menores e foram tentando subir na árvore.

Corri e caí tropeçando em algo, e assustei vendo o corpo do guerreiro indiano. Pelos olhos vi que ele morreu, mas seu cheiro de Humanimal sumiu.

– César. – gritou tio Léo – Não deixar elas te mordem.

Ao meu lado surgiu uma cobra e conseguir matá-lo com minhas garras. Foi aí que muitas cobras foram na minha direção.

– Protegem o César.

Charlie e Paulo conseguiram eliminar as cobras e correram para perto de mim. Paulo ficou ao meu lado enquanto Charlie foi matando as cobras.

Minha espinha gelou sentindo a energia maligna bem poderoso…

E está bem perto.

– Atrás de vocês. – gritou Rubi.

Bem rápido vi algo caindo em cima de nós. Charlie nos protegeu de um líquido verde e uivou de dor, vi que as costas dele estão sendo derretidos até nos músculos.

Do nada no chão apareceu um homem cobra preto, nos encarou com seus olhos vermelhos e chorando sangue. Mesmo assim, o reconheci e falei em choque:

– Sam.

– Que ótimo. – disse com duas vozes misturados, um feminino e outro masculino – Veio mais um filho dela.

Paulo tentou atacá-lo, mas a cauda do Sam bateu nele e o jogou com força. Charlie foi na minha frente e rosnou pra cobra.

– Melhor ficar fora do meu caminho, cachorrinho. – Sam riu.

Charlie saltou pra cima pra mordê-lo, mas bem rápido, Sam ficou parado e sua cauda atravessou no meio do peito do Charlie.

– Eu avisei.

Charlie voltou na forma humana e vomitou sangue antes de ficar imóvel. Enquanto Paulo olhou para seu irmão morto e deu um forte uivo de tristeza.

Sam jogou o corpo no chão como se fosse um boneco quebrado. Deu mais ódio por Paulo e correu para atacá-lo, vi o Sam dar um sorriso e ergueu sua cauda.

Rapidamente fui na frente do Paulo e cortei a parte da cauda.

– Muito rápido. – Sam se afastou e sorriu mostrando que sua cauda voltou a crescer – Então terei que pegar um filhote bem fraco.

O grito da Rubi aumentou e o motivo foi a cobras surgindo nas árvores vizinhas e pulando para cima delas. Melody pegou uma faca e foi matando as cobras pulando.