Capítulo 37 - César (Humanimal Tigre)

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Jurandir conversa com aquele herdeiro argentino, para mantê-lo afastado da Ellie. Eu o lidaria com esse garoto de outro jeito,  mas como meu pai deixou bem claro, ele é herdeiro rei leão e nem pode machucá-lo.

– Vocês tem uma grande floresta, mas eu prefiro a minha floresta nas montanhas. – comentou Diego, e sorriu quando viu as garotas ajudando a limpar uma das cabanas – E tem garotas bonitas aqui, mas a Ellie é bem mais linda do que essas meninas.

– Jurandir, me deixe sozinho com ele só por um minuto. – sussurrei com rosnado.

– Lembre o que papai disse. – Jurandir me encarou sério.

– Olá. – apareceu a mamãe acompanhada da Sofia e Rubi – Está tudo bem?

– Perfeitamente bem, Sra. Clarisse. – Diego se curvou.

– César, eu preciso de um favor seu. – disse mamãe pra mim – Preciso que vá pra floresta.

– Pra quê? – perguntei confuso.

– Vai entender quando for pra lá.

– Clarisse, posso ir com ele? – perguntou Rubi com olhar de criança implorando.

– Tomem muito cuidado e cuide bem dela. – mamãe me encarou bem séria.

– Mãe, Rubi é forte e ninguém mexeria com ela.

Notei o olhar estranho na reação da Rubi, depois recebi o olhar ameaçadora da mamãe.

– Tudo bem, eu cuido dela. – falei rapidamente.

– Ótimo, podem ir.

***

Rubi me seguiu enquanto fomos andando pra pouco longe da aldeia.

– Desculpe com aquele olhar da sua mãe. – disse Rubi ao meu lado – Com certeza ela ainda me vê como uma mulher frágil.

– Você não é nada frágil, Célia e eu te treinamos para isso.

– Verdade. – deu riso fraco – Agora mulher bem perigosa que nem precisa de proteção.

– Sim, assim fico menos preocupado se alguma coisa acontece com você.

Do nada ela parou e perguntou meio fraca:

– Você me salvaria mesmo assim?

– Mas é claro, te protegerei sempre. – falei com um sorriso.

– E a Cé…

Ouvi sons de passos se aproximando, e indo mais rápido na minha direção. Fui na frente da Rubi e recebi o golpe quando pulou em cima de mim, fomos nos batendo até que finalmente agarrei a cauda peluda dela.

– Você perdeu. – sorriu Célia, e segurando minha cauda – Eu peguei primeiro.

– Mas você também.

– Pare de ser um mau perdedor. – Célia me deu soco fraco nas costas e soltou minha cauda, viu Rubi e falou com rosnado – Ah, olá, princesinha grudenta.

– Olá, Célia. – disse Rubi, com sorriso meio tímida.

– Por favor, falam que não estão namorando escondidos. – resmungou Célia.

– Não. – Rubi e eu falamos ao mesmo tempo.

– Dupla de mentirosos. – ficou mais resmungona ainda.

– O que você está fazendo sozinha? – cruzei os braços e perguntei.

– Mãe Luna me pediu para acompanhar meu irmão namoradeiro, mas quis andar um pouco sozinha.

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