Capítulo 21 - César (Humanimal Tigre)

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Um mês depois 

Abri os olhos por causa da luz na minha cara, dei um longo bocejo e vejo a manhã chegando. Olhei em volta vendo Liadan dormindo ao lado da Agatha.

Eu deveria estar com saudades da minha forma humana depois de vários dias na forma tigre completo. Mas estou adorando ser como um tigre de verdade, fazendo algo como caçada, vendo os outros animais de perto e conhecendo cada canto dessa floresta enorme.

"Vamos, humano, quero me esticar.", disse Ravi, na minha mente.

Claro que ainda tenho dificuldade de lidar com Ravi. As últimas coisas que gosto dele são a inteligência, força e agilidade. Mas sempre faz reclamação e grita por eu estar fazendo algo errado.

– Sabia que tenho nome?! – resmunguei, ele não diz meu nome nem se quer uma vez.

"Claro que sei, humano."

– Pare, se não eu conto pra minha mãe. – falei, sabendo que ele morrer de medo da Agatha.

"Que medo, um humano macho ainda chorando pra mamãe."

– Eu não choro, guerreiros não choram.

Mas você vai chorar se continuar reclamando justo de manhã. – disse Agatha, se levantou e rosnou – Espero que hoje não tenha problemas.

Senti o nervosismo do Ravi e um pouquinho de medo. Eu entendo, sinto muita falta da mamãe assumir mais o corpo dela.

Acordem. – Agatha acordou a Liadan e disse pra nós – Esse dia vocês vão explorar pela floresta, sozinhos.

– Sozinhos?! – Liadan e eu falamos ao mesmo tempo.

Sim, colocaram em prática o que aprenderam. Como conhecimento no território, se alimentarem e a comunicação com os outros animais. – explicou bem séria – Serão observados e voltaram à noite, precisaram conseguir para irem à próxima fase do treinamento, entenderam?

– Sim, mamãe Agatha. – Liadan e eu falamos ao mesmo tempo. 

Ótimo, agora vão. – disse quase rugindo.

Liadan e eu já saímos da caverna e fomos ao lago. Os animais ainda não apareceram pra beber, chegamos na margem e bebemos a água do rio.

– Agora precisamos ser bem sérios hoje, entendeu? – disse Liadan, com aquele olhar sério.

– Entendi, vovó. – a encarei – Eu sou bem sério e conseguirei bem facinho.

– Meus ancestrais, você é um caso perdido. – soltou um longo suspiro.

– Retire que disse, vovó.

"Não é à toa que os animais fugindo.", atrás de nós apareceram dois tigres adolescentes se aproximando.

"Tinha que ser vocês para assustá-los, só sentindo o cheiro humano de vocês."

Sempre vem um deles para nos irritar e zombar quando nossa mãe não está por dentro. Quis muito pular em cima deles e fazê-los em pedaços, mas Liadan ficou na minha frente e me empurrando leve.

– Vamos embora.

"Que covardes, principalmente essa tigresa que nem tem coragem de caçar."

"E ainda comer comida de herbívoro, que nojo.", eles se afastaram e foram rindo.

– Liadan, por que não acabamos com a raça deles? – perguntei, bem bravo – Zombaram de nós mesmo sabendo o que somos.

– Agatha e Suraj falaram que não podemos machucar e nem importar o que os outros tigres falam de nós. – disse bem séria – Importando as palavras deles, estará dando o que eles querem. Já que a maioria deles não confia em nós por sermos humanos.

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