Capítulo 45 - César (Humanimal Tigre)

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Mamãe saiu do quarto da Liadan e foi pra fora. Ouvi pela Ellie que Liadan estava se sentindo mal enquanto dormia.

Saí da cabana e vi Paulo andando de lado para o outro, parou quando me viu e perguntou rapidamente:

– Como está a Liadan?

– Descansando, ela vai ficar bem.

– Graças aos ancestrais. – soltou longo alívio.

– Por que não entrar pra vê-la?

– Porque estão brigados, outra vez. – comentou Felipe.

– Não estamos brigados, só a deixei brava. – depois o Paulo rosnou – Se não fosse aquela cobra miserável.

– Tenho que concordar, ele tem coragem enrolar a cauda dele na cintura da Liadan. – disse Felipe.

– Maldito. – rosnou bem alto – Mal posso esperar para matá-lo.

– Não se preocupe, ficarei de olho e te avisarei se minha irmã cair na sedução dele. – ri.

– Credo, não tem como ela ter interesse naquele miserável.

Quase falei de novo quando vi Rubi junto com as mulheres segurando cestos com cobertores. Despedi rapidamente do Paulo e do Felipe, a segui até a cabana onde estão as mulheres indígenas.

Observei escondidos em uma das janelas.

– Bem limpo pra essa noite. – sorriu Rubi, entregando um dos cobertores.

– Muito obrigada.

– Poxa, soube que vai voltar pra Índia. – disse Íaça.

– Que pena, vamos sentir muito falta da sua ajuda aqui. – disse Nani, depois riu – E os guerreiros sentiram mais falta da sua comida.

– Também sentirei muita falta de vocês. – disse Rubi – Irei embora quando um dos guerreiros do meu tio chegar aqui e me buscar.

– Mas com certeza já vai voltar, sempre volta. – Íaça riu.

– Eu não…

– Um homem na janela. – gritou uma das mulheres.

– Mas que bonito, César. – Íaça bateu as palmas – Esperar só quando a mestra ver que um dos filhos dela virou um tarado.

– Não é isso, eu quero falar com a Rubi. – falei rapidamente.

– Mestra me avisou pra te manter longe dela.

– Está tudo bem, vou falar com ele. – disse Rubi.

– Grite se ele te magoar.

Esperei até ir pra fora e foi na minha frente. Ela me encarou bem séria, e falei com calma:

– Rubi, desculpe pelo que falei pra você.

– Eu que peço desculpa, estraguei tudo.

– Não, eu que fui idiota.

– Não se preocupe, irei embora e não irei mais entrar na sua vida.

– Não, não quero que vai embora. – implorei – Por favor, imploro.

– Só falar isso porque ainda me aceita como amiga, nem mereço sua amizade.

– Não é pela amizade. – respirei fundo – Eu realmente gosto muito de você.

– Sério? – perguntou em choque.

– Sério.

– E a Célia?

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