Capítulo 42 - Liadan (Humanimal Tigresa Branca)

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Olhei mais uma vez pelo céu estrelado enquanto pensava se o grupo está bem e se conseguiram cumprir a missão. Mas tirei esse pensamento sabendo que são fortes e saberão se defender.

Voltei à cabana do curandeiro, fui carregando muitas frutas para alimentar os feridos. No lado onde estão mulheres Humanimais da cidade está Iracema cuidando delas com os curativos. Azula com ajuda da Lucinda estão cuidando dos três idosos Humanimais da cidade com os alimentos.

– Socorro. – gritou Marcos sendo atacado por algumas crianças em cima dele – Liadan, me ajude.

– Crianças, solte-o ou chamarei minha mãe. – falei meio riso.

– Sério?! – todas as crianças o soltaram e me cercaram completamente – Podemos conversar pessoalmente com a Rainha dos Felinos?

– A cauda dela é bem longa. – uma das meninas tocou na minha cauda de tigresa branca – Os pelos são bem macios.

– É verdade que você é uma Sagrada? – perguntou um dos meninos – Ouvi dizer que os Sagrados sabem quando nossas almas animais se manifestam.

– Pode dizer quando minha alma animal vai manifestar?

Cada vez mais e mais perguntas, quase falei até que gritei quando senti algo envolvendo minha cintura e me levantando pra cima. Olhei o que está me segurando é uma cauda gigante de cobra.

– Não incomodem essa bela tigresa. – disse Sam deitado em um dos suportes segurando o teto – Sorte que estou aqui pra salvá-la contra essas criaturas curiosas.

– Sam, assim você quebrará o suporte. – Lucinda gritou.

– Solte a Liadan ou te transformei num sushi de cobra. – rosnou Felipe, deitado em uma das redes.

– Esqueceu que sua mestra te proibiu de tentar me matar. – sorriu Sam – Já que salvei a vida da filha dela.

– Então pode me soltar antes que eu te transforme em sushi? – rosnei.

– Como quiser. – me colocou no chão delicadamente.

– E sair de cima desse suporte.

– Se promete que suas lindas mãos toque na minha cauda. – deu longo sorriso.

– Seu… – ergui minhas garras e os cravei profundamente na cauda dele, deu forte grito e caiu no chão de costas – Gostou deste toque?

– Ai… – fez falso choro – Crianças, viram como ela é violenta comigo?!

– A culpa é sua. – gritei.

– Tem certeza que ela é uma sagrada? – um dos meninos sussurrou – Era pra eles serem assim?

– Poxa, Liadan. – Iracema riu – Como você o aguentou desde que eram crianças?

– Não aguento até hoje. – suspirei e falei séria por Sam – Estou vendo que está bem, então pode pelo menos ajudar?

– Só se concordar com o nosso encontro.

– Não.

– Então tenho que ficar o tempo todo ao seu lado, aproveitando que aquele lobo ciumento não está aqui.

– O que é encontro? – perguntou uma das meninas mais novas.

– É quando um homem e uma mulher ficam sozinhos e… – Sam sorriu pra mim.

– Te corto se termina essa frase. – rosnei.

– E só conversam. – sorriu mais ainda – Do que estava pensando, tigresa safadinha?

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