Capítulo 25 - Liadan (Humanimal Tigresa Branca)

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O sol do dia seguinte apareceu junto com o meu aniversário e do Jurandir, hoje completamos 16 anos de idade.

– Parabéns pra vocês, nessa data querida… – César e Ellie cantando enquanto mamãe e papai seguraram um grande bolo de cenoura com cobertura de chocolate, no topo está duas velas acesas – Muitas felicidades e muitos anos.

Jurandir foi ao meu lado e batemos as palmas.

– Primeiro o mais velho. – ri por Jurandir.

Soprou a vela em forma de um, e apontou para o número seis.

– Agora a segunda mais velha.

– Que tem aparência de bem mais velha. – César comentou.

Bufei por dentro e ignorei seu comentário, soprei até o fogo da vela apagar completamente.

– Primeiro pedaço pra mim. – César já colocou uma mão e pegou um pedaço grande.

– CÉSAR. – todos nós gritamos ao mesmo tempo.

Pegamos nossos pedaços o mais rápido possível enquanto César foi tentando pegar mais. Já que a mamãe faz os melhores bolos nos nossos aniversários, não duram nem um minutos conosco.

– Aqui estão os presentes. – papai entregou um grande arco e flechas no grande saco – Está na hora de treinar seu próprio arco, foi Ursão que fez.

– Obrigado, pai. – Jurandir tocou na corda do arco – Vou agradecer ao Vô Ursão.

– Esse é pra você, filha. – mamãe me mostrou um par de brincos em forma de estrela e nos colocou nas minhas orelhas – Ficaram lindas em você.

– Obrigada. – sorri e mamãe me abraçou.

Ouvimos batidas em uma das janelas, vimos Matheus na sua forma anta humano.

– Vamos, herdeiro aniversariante. – gritou forte – Os aprendizes estão te esperando para correr na floresta.

– Estou indo. – Jurandir assumiu sua forma leão humano e correu até a saída.

– Pode ir também. – mamãe olhou pra mim.

– Não, vou ver um amigo.

– Amigo… – César riu – Falar por Paulo que mandei um oi.

– Só não demore. – disse mamãe, bem séria – Não sabemos quanto tempo ela vai chegar.

– Sim, mãe.

As pessoas falaram parabéns e me abraçaram enquanto fui andando pela aldeia. Saí meio escondida e indo em direção a um rio pouco afastado.

Depois de alguns minutos andando pela floresta, cheguei no rio de sempre. Agora é só sentar e esperar que aquela cobra apareça. Mesmo sendo irritante que eu encontre com aquele garoto cobra. Sam é a única pessoa que me ajuda dando as novidades sobre Melody.

Às vezes nós conversamos um pouco, mas o maior assunto é sobre mim. Enquanto falo sobre o momentos que fico pra baixo, Sam vira um bom ouvinte.

Mas cada vez que ele fica perto de mim, ganha um grande empurrão direto no rio.

Me pergunto como eu aguento Sam.

Meu maior medo é que Sam fala que se não encontrarmos nosso lugar, ele vai pessoalmente na minha aldeia. Sei muito bem que meu pai vai fazê-lo em pedaços. E agora Paulo está me perguntando sem parar sobre Sam.

Sentei em uma das raízes e fui esperando enquanto olhava pelo rio.

Esperando…

Esperando…

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