Something happened

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- Desde quando a Hinata gosta do Naruto? – Shikamaru perguntou para Temari como quem não quer nada.

Naruto apenas esperou Hinata terminar de comer para acompanhá-la até o quarto, a garota corou ao ouvi-lo dizer isso e foi aí que Shikamaru percebeu.

- Você percebeu, é? – Temari estava lavando as louças que sujaram. Não queriam problemas com a cozinheira, por isso a princesa já tinha avisado a Chyo que utilizariam a cozinha depois do jantar. Só não avisaram que iriam ficar até tão tarde.

- Só percebi agora – o filho do Jafar deu de ombros.

- Hinata gosta dele faz bastante tempo, mas ela é tão tímida e insegura – suspirou Temari. – E o Naruto não ajuda – ela revirou os olhos.

- Ele é meio lerdo às vezes, não? – comentou Shikamaru.

- O Naruto é fissurado pelo amor a primeira vista – disse Temari, exasperada.

- Como é? – Shikamaru riu achando graça.

- Pois é – Temari revirou os olhos novamente. – Só porque os pais dele se apaixonaram a primeira vista, ele acha que com ele tem que acontecer o mesmo.

- Isso é ridículo – murmurou Shikamaru. – Sabe o que eu lembrei?

- Não. Do que você se lembrou? – perguntou ela curiosa.

- Numa das primeiras aulas de Cortejo avançado – começou a dizer ele. – A Sakura não queria ter aula de Princesologia, então ela foi com a gente até essa aula e o professor Asuma deixou ela ficar.

- Hum... – murmurou ela se sentindo insegura.

- Você sabe como a Sakura é – ele deu de ombros. – No meio da aula ela e o Naruto discutiram, foi o mais perto que eu vi ele exaltado. É que a Sakura não acredita em amor a primeira vista.

Temari ficou em silêncio.

- E você? – questionou ela.

- O que tem eu? – ele se virou confuso.

- Você acredita em amor a primeira vista? – ela perguntou.

- Não – ele riu.

Temari murchou. Ela sentiu a necessidade de perguntar algo que estava entalado em sua garganta já fazia algum tempo.

- Você e a Sakura já...

- Já o que?

- Sei lá – ela deu de ombros. – Estiveram juntos?

Shikamaru parou tudo o que estava fazendo e se aproximou dela.

- Isso é ciúme? – ele perguntou, sentindo uma leve euforia em seu peito.

- Não – ela negou apressada. – É só curiosidade.

- Olha para mim – ele ergueu o queixo dela. – Nunca, nunca, nunca – ele disse firme, olhando nos olhos dela. – Houve algo desse tipo com a Sakura.

Temari sentiu seu peito mais leve com a afirmação dele.

- Não vai dizer isso para a Sakura – ele avisou. – Mas às vezes ela me assusta – ele desviou o olhar.

- Assusta como?

- Você não conhece a Malévola – disse ele. – A Sakura se parece demais com ela.

Temari sentiu o arrepio do corpo dele passar para o seu.

- Vamos logo terminar isso aqui, já está tarde – ele deu um selinho nela e voltou a guardar os pedaços de bolo em uma vasilha. – E eu quero que você saiba – ele disse de costas. – Que eu aprendi que o amor não nasce de uma hora para outra, ele é gradativo.

Os DescendentesOnde histórias criam vida. Descubra agora