Shikamaru estava nervoso. Por mais que não aparentasse e jamais confessaria a alguém, mas estava extremamente nervoso.
Aquele almoço tinha tudo para se tornar um desastre. A começar pelo fato de ele, o filho de Jafar, estar em um relacionamento com a filha de Aladdin e Jasmine. Suspirou levemente grato por Kiba ir consigo.
Seus pensamentos foram interrompidos com uma batida apressada na porta. Olhou o relógio em cima da escrivaninha: ainda faltava meia hora para o horário combinado com Temari e os irmãos dela.
Estranhou quando abriu a porta e viu que era Ino do outro lado, ela carregava uma sacola grande nos braços.
- Vocês vão assim? – ela arqueou a sobrancelha, tentando segurar a careta.
Shikamaru olhou para a roupa que vestia: calça jeans, jaqueta de couro e coturnos. Eram as peças de roupa em melhor estado que tinha.
- Qual o problema com as nossas roupas? – Kiba perguntou. Ele vestia uma jaqueta, mas diferente da de Shikamaru que era preta, a dele era vermelha; usava também calças brancas e um par de sapatos também brancos.
- Tudo! – Ino exclamou entrando no quarto, logo após fechar a porta e colocar a sacola em uma das camas. – Eu não sei o que vocês sabem sobre o reino do Aladdin e da Jasmine, mas as roupas que estão usando não são apropriadas para o lugar, ainda mais levando em consideração que você está indo para uma apresentação formal como namorado da primogênita deles. Você precisa – enfatizou – causar uma boa impressão, a melhor que puder para ser mais exata.
Shikamaru se sentiu ficar ainda mais nervoso, se é que era possível.
- E o que sugere? – ele perguntou tentando controlar o nervosismo na voz.
- Que bom que somos amigos – Ino comemorou e da sacola que trouxe tirou dois tecidos: um era azul escuro, parecia o céu da noite, e o outro era verde musgo; os dois tinham detalhes em dourado. Eram roupas, se lhe lembrava vagamente de peças como as que estudaram nas aulas de história.
- Isso parece roupa de mulher – Kiba exclamou horrorizado.
- Não diga uma coisa dessas quando estiver lá – Ino avisou levantando o dedo para dar a bronca. – Pode ser considerado um insulto. Agora se vistam – ela atirou a roupa azul para Shikamaru e a verde para Kiba. – Vou esperar lá fora.
- Será que não é pegadinha da Sakura? – Shikamaru observou.
- Não – Kiba negou. – Ino não faria uma coisa dessas conosco.
Shikamaru revirou os olhos sem negar a verdade. Ino era boazinha demais para fazer qualquer tipo de brincaderinha com os dois. E, não tendo outra saída a não ser confiar na amiga, se trocou.
Ao se olhar no espelho ficou estagnado ao perceber como se parecia com o pai.
- Esse almoço vai dar errado – constatou.
- Não seja pessimista – Kiba tentou animá-lo.
Ele se virou para o amigo.
- Eu pareço meu pai – Shikamaru falou.
Kiba não negou, mas disse:
- Menos o sorriso – apontou. – Aposto que puxou da sua mãe.
Shikamaru sentiu seu peito aliviar a menção da mãe. Faria aquilo por ela.
- Será que se eu pedir, me dariam permissão para saber mais sobre ela? Nunca soube porque ela foi mandada para a ilha.
- Fala com a Temari – Kiba deu levemente de ombros.

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Os Descendentes
FantasyEra uma vez há muito tempo... A Bela e a Fera se casaram e, juntos, decidiram unir todos os reinos dos contos de fadas para que pudessem conviver em harmonia e, para que isso acontecesse, decidiram trancafiar todos os vilões em uma ilha, onde batiza...