A Floresta ficou no mais absoluto silêncio.
Sakura não fazia ideia de quanto tempo ficou com a cabeça enterrada nos braços, encolhida no chão daquele jeito. Ela se sentia exausta e tudo o que conseguia fazer era chorar.
Nunca tinha matado ninguém antes. Nunca.
Mesmo nas disputas de gangue na ilha. O máximo de sangue que já havia parado em suas mãos antes foi quando tinha quebrado o nariz de Sasori quando ele saiu espalhando para a Ilha inteira que tinham se beijado; a outra vez foi quando Juugo estava perto de si e tinha tirado o "Primeiro Sangue" de Yahiko.
O método do primeiro sangue era como acabava um disputa entre gangues, mas era só. Um simples corte, apenas um encostar de espada.
E agora...
Parou de refletir apenas quando sentiu passos perto de si.
- Malévola? – perguntou uma das criaturas aladas de antes, as que, surpreendentemente, se pareciam com sua mãe. Só que eles não eram fadas.
Tinha se esquecido completamente de que não estava sozinha.
Estava na Floresta Proibida, o lugar onde todo e qualquer tipo de criatura que seria rejeitada pelo reino de Konoha estaria, seja apenas por aparência ou por ser realmente perigosa.
- Se afastem – disse uma nova voz, uma voz que era completamente familiar para Sakura. – Não é a Malévola.
A garota ouviu o barulho de asas se afastando, mas não ergueu a cabeça, não tinha certeza se era sua mente lhe pregando uma peça, querendo o conforto de alguém. Ainda se sentia bastante cansada. Esgotada era a palavra certa devido à magia que tinha usado sem pensar apenas um momento atrás.
Ainda conseguia sentir o eco do ódio que correu por todo o seu corpo.
Sentiu braços ao redor de si e se surpreendeu.
- Tudo bem – disse a voz nova, em tom calmo, perto de seu ouvido. – Eu estou aqui.
- Pai? – Sakura levantou a cabeça enfim, a voz em tom de choro.
- Pronto, viu? – apontou ao redor. – Já acabou.
Realmente, não havia mais fogo algum na floresta. Na verdade parecia como se nunca houvesse existido qualquer tipo de fogo que fosse.
- Me surpreende você ser minha filha e não perceber que o que vê não passa de uma simples ilusão – seu pai lhe deu uma bronca, o tom de voz levemente carinhoso. – Há quanto tempo não dorme?
Sakura não tinha certeza, mas parecia fazer muito tempo.
- Não sei – foi o que respondeu. – Não me lembro.
- Vamos – ele lhe forçou a se levantar. – Você precisa descansar.
Caminharam por um tempo, por uma trilha invisível aos olhos, mas que Sakura sentia que daria em um lugar calmo e tranquilo. Não se lembrava muito do caminho, mas sentiu seu corpo relaxar satisfeito assim que seu pai a fez se deitar...
. . .
Quando Sakura acordou precisou de um momento para assimilar tudo ao seu redor. Piscou os olhos por um momento, confusa. Estava deixada em uma espécie de cama feita de folhagens, a céu aberto, embaixo de uma árvore enorme. Uma espécie de árvore que nunca havia visto antes, era toda na cor preta, não, ajustou seus olhos, era de um tom de verde muito escuro, próximo ao preto.
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Os Descendentes
FantasíaEra uma vez há muito tempo... A Bela e a Fera se casaram e, juntos, decidiram unir todos os reinos dos contos de fadas para que pudessem conviver em harmonia e, para que isso acontecesse, decidiram trancafiar todos os vilões em uma ilha, onde batiza...