son of bitch

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               Aurora Becker
                point of view

─ SOCORRO. ─ Gritei ao acordar em um lugar escuro. ─ ME TIREM DAQUI, SOCORRO. ─ Fiquei sentada no lugar macio em que antes eu estava deitada. ─ ME AJUDEM, EU NÃO QUERO FICAR AQUI, SOCORRO.

─ O que aconteceu, Aurora? ─ Vi alguém entrar pela porta e levei as mãos ao rosto por causa da claridade que quase me cegou. ─ Calma, eu estou aqui. ─ Percebi que era Antony e uma sensação de alivio me percorreu, ele ligou a luz e puder perceber que estava em seu quarto

─ Porra, Santos. ─ Reclamei levando as mãos ao peito. ─ Por que você deixou tudo escuro? ─ Antony sentou—se ao meu lado e me envolveu

─ Só fui levar o médico até a porta. ─ Ele disse e eu estranhei.

─ Médico?

─ Sim, você ficou um bom tempo desmaiada, Carol achou melhor chamar um médico. ─ Ele me deu um selinho. ─ Porra, Aurora. Nunca mais faz isso comigo, nunca mais vou deixar você sair de casa sozinha. ─ Até então, eu não lembrava direito o que havia acontecido, mas logo minha memoria começou a clarear e veio em minha cabeça a imagem de três homens atirados no chão mortos, no caso, Martinelli, Casemiro e Wilson. Eu ainda me sentia completamente assustada. Me agarrei fortemente em Antony e caí em lágrimas.  ─ Caralho, Aurlra. Não chora, eu não sei lidar com essas coisas. ─ Ele disse de uma maneira grosseiramente fofa, fui obrigada a dor um sorriso. ─ Mas eu sei o que fazer. ─ Antony disse e grudou seus lábios nos meus, dando um leve beijo lento que teve o dom de me deixar melhor. Sequei as lágrimas e sorri para ele.

— Você disse sobre Carol... ela... ela está aí? — Perguntei.

—Infelizme...

— AURORA? – Carol entrou no quarto gritando. — AMIGA, VOCÊ ESTÁ BEM? AI MEU DEUS. — Ela praticamente se atirou em cima de mim, vi Antony fazer uma cara nada agradável. – Quando Vini me contou do sequestro eu não sabia o que fazer e aí... – Carol caiu em um choro intenso.

—Calma, eu estou bem. — Lhe dei um abraço.

— É, eu salvei ela. —  se pronunciou.

— Era o mínimo que você poderia ter feito, seu pamonha. –Ela o xingou.

— Ah é? E se eu não fosse a salvar, você iria?

— Eu iria, porque ela é minha melhor amiga.

—Para início de conversa, você nem acharia o local onde ela estava, porque você é burra.

—Burra? Olha o respeito comigo. – Os dois entraram em uma discussão sem fim e eu fui até o banheiro ver como estava meu estado, eu não estava com a roupa de antes, agora eu vestia meu pijama favorito. E meu rosto tinha alguns curativos.

—Quem mudou minha roupa? — Saí do banheiro e perguntei, os dois pararam de discutir e puseram sua atenção em mim.

— Eu. – Antony disse. — Ou você acha que eu iria te deixar com a camiseta daquele mané? – Antony disse. — Alias, eu quero saber tudo o que aconteceu lá, Aurora. Você estava sem sutiã. — Estremeci e logo aquelas cenas horríveis vieram em minha cabeça, comecei á passar mal, me estômago embrulhou.

—Não quero falar sobre isso, Antony. Não são boas memórias.

— Aurora, se eu pudesse, eu matava Nobru novamente, porque eu acho que ainda não foi o suficiente para tudo o que ele te fez. — Ele chegou mais perto e começou a passar suavemente seus dedos pelas marcas que tinham em meus braços, em seguida levou sua mão até meu rosto e começou a acariciá—lo, tomei coragem e olhei nos olhos de Antony, eles estavam marejados.

Possessive - Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora