graduation

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                                                  Aurora Becker
                                                     point of view

                    capítulos finais 3/5

Já haviam se passado um mês, eu não tinha nenhum notícia de Santos, a não ser as poucas coisas que Carol me contava, minha vida só piorava e meu pai ficava mais rígido.

— Kel. — Chamei seu nome ao avistá—la, ela veio até o portão de minha casa, pois eu não podia sair.

—Minha querida, como você está? Seu pai está em casa?

— Estou bem. – Menti. – Não, ele não está. Como está Âmbar? — Eu sentia falta da minha pequena. E os garotos não vieram mais aqui?

— Âmbar está linda, como sempre. Vi ela ontem, Lucas disse que ela sente sua falta, ela começa à chorar e diz "mamã". – Comecei à chorar. — E eu mal consigo falar com o meu filho, os garotos disseram que ele anda resolvendo umas coisas e não para em casa.

— Ele desistiu de mim.

— Não fala assim, querida.

– É a verdade.

—Santos te ama, eu sei que ele ainda vai lutar para tê—la.

—Preciso ver Âmbar, tem como você trazer ela aqui? Meu pai vai voltar tarde.

— Sim, eu vou lá buscar ela e trago ela aqui sim. — Kel sorriu. — Ela vai ficar muito feliz—E você, está bem?

— Sim, estou ótima. Alias, estou voltando para o Canadá amanhã à tarde.

— O que?

— Sim, querida. Não quero ficar morando na frente da casa de um monstro.

— Te entendo. — Minha voz saiu fraca. – Pelo menos você mora na frente, eu moro na mesma casa.

— Você ainda vai ser muito feliz, pode apostar. É hoje sua formatura, não?

— Sim. – Falei sem ânimo. – Você vai?

— Vou tentar.

— Por favor, vá. – Implorei.

— Veremos. Agora vou lá buscar Âmbar para você, daqui à pouco eu estarei aqui. — Ela disse e entrou em seu carro, sentei—me em um banco que havia ali e fiquei esperando cerca de trinta minutos, logo avistei o carro de Kel novamente, ela saiu do carro e abriu a porta traseira, tirou Âmbar da cadeirinha e quando eu a vi, abri um sorriso largo e verdadeiro, alias, fazia tempo que eu não sorria desse jeito.

—MEU AMOR. — Chamei sua atenção e Âmbar me olhou, em seguida ela abriu um sorriso de felicidade e começou á querer vir no meu colo, mas eu estava trancada, não podia pega—la. – Você está linda e parece ter crescido um pouco. — Tentei beijá—la entre as grades e obtive sucesso.—Mamã... — Ela começou a chorar porque não podia ir no meu colo.

— Não chora, minha linda. Não chora. — Botei meus braços entre as grades e comecei a acariciar seus cabelos. — Você vai ver, logo a mamãe vai te pegar e te abraçar forte. — Foi estranho me ouvir dizendo aquilo, Âmbar não havia saído de mim, mas mesmo assim, eu era sua mãe, ela me adotou como mãe. — Te amo, pequena.

— Ela realmente gosta de você. — Kel disse. — Mas enfim... Esses dias eu estava olhando, você não acha o nariz de Âmbar igual ao meu? — Angélica perguntou e eu ri.—Sim, claro. — Falei. — Linda igual a vó. – Elogiei.

Possessive - Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora